evão do caminhão

nos momentos cruciais... estacione seus neurônios e acelere seus hormônios

quinta-feira, janeiro 31, 2008

E NA FAROFA DO CONFETE, TEM LIMÃO, TEM SERPENTINA

O carnaval nem chegou de fato, mas já veio muito bem anunciado.

1. Minha afilhada completou 10 anos no dia 24. Tenho muito orgulho da criação que minha comadre deu a ela. Mas, eu mesma, não me lembro de ter ensinado algo signficativo, dessas coisas que se leva pro resto da vida.

Até que chegou sábado e fomos pro nosso primeiro bloco de carnaval de rua de 2008. Tudo muito alegre, todos devidamente fantasiados, quando cai sobre nós um resto de serpentina. Notei então que Bea não sabia como usar devidamente o objeto carnavalesco. Comentei com sua mãe e pensei comigo mesma: "pronto, chegou a hora!".

Tem coisas que nascem com a gente, outras precisam ser ensinadas. Jogar confete dentro da calçola dos outros ela sabia muito bem, agora era hora de evoluir. Módulo 2 no quesito fanfarronices de carnaval.

E agora posso dizer com o coração cheio de emoção que as primeiras atiradas eficientes de serpentina da Bea foram comigo.

2. Fomos ontem no meio da tarde pro Sesc Pompéia. Teoricamente seria um show da banda de uns amigos só com marchinhas de carnaval. Acontece que chegando lá notamos filas gigantescas compostas só por velhinhos e velhinhas com a ansiedade estampada nas rugas. Eis que descobrimos que estámos simplesmente num baile de carnaval da 3ª idade.

No início, aquele constrangimento, a falta de coragem de invadir a pista de uma festa que não nos pertencia. Mas não há quem fique parado ouvindo marchinhas (eu pelo menos não consigo) e assim fomos nos aproximando, nos aproximando até que ... catabimba! Nos jogamos!

E ficamos lá rodando pelo salão, saracoteando com as tiazinhas muito bem produzidas e imitando os casais ainda apaixonados dançando juntinhos as músicas mais lentas.

Então acontece o ápice da festa: um senhor negro, com todo seu gingado à la Don Juan me tira pra dançar. Apertava forte minhas mãos e dizia: "presta atenção só nas mãos, se soltar, você perde o passo". Boa aluna, obedeci de pronto e terminei a volta suando em bicas, feliz demais da conta e com a responsabilidade de ensinar o japa os passos da dança.

Chegou a época mais feliz do ano. Agora é só correr pro Cordão do Bola Preta!

quinta-feira, janeiro 24, 2008

CELULAR É COMO CELULITE, QUALQUER BUNDÃO TEM


Eu tenho um aparelho celular que pertence à Idade Média, mas que ainda funciona bem.
Diferente dos demais aparelhos, que servem pra tudo (inclusive pra ser um telefone), o meu só recebe e realiza chamadas. Ah, também torpedos (saudade do bip).
Sinto, porém um enorme constrangimento nas pessoas que saem comigo quando coloco o amiguinho todo feioso, com a antena grudada com durex, por exemplo, em cima da mesa de um boteco.
Não dá pra disfarçar a cara de desaprovação das pessoas. Então, percebendo isso, eu guardo o tijolinho na bolsa.
Muitas vezes pensei em substitui-lo. Agora, vejamos: o número de aparelhos celulares em SP é maior que toda região nordeste. Se ele está funcionando, pra que vou colaborar pra esse mercado louco de troca descontrolada de aparelho? Só pra estar na moda?
Caralho, tô me sentindo uma pessoa totalmente fora do seu tempo... mas contribuindo para o não desperdício.
Quaaaaaaaaaaa!
Me senti a Sandy, politicamente correta agora.
Na verdade o único motivo que não me faz trocá-lo é o forte apego sentimental ao meu celulinho.

Uma homenagem aqui:
http://www.fotolog.com/saizica/37676174

sexta-feira, janeiro 18, 2008

O POVO NÃO COSTUMA PERDER A PACIÊNCIA, PORQUE ELA É O SEU ÚNICO BEM

Retomo a campanha "parem de ter filhos". Tá, podem me xingar, dizer que sou fria, insensível e sem instinto maternal. Ok, mas a questão é que: NÃO CABE MAIS GENTE NO MUNDO.

Sério. Vamos do começo.

Me emprestaram uma vez aquele filme "o segredo" e eu o abandonei transcorridos 8 minutos. Não gosto de coisas que me lembrem lavagem cerebral. Acontece que ao que tudo indica o lance é mais ou menos assim: mentaliza, que o que você quer realiza. Larga seu emprego e fica sentado com uma imagem de mansão colada na geladeira que ela será sua. Tô supondo, porque não vi a porra do filme nem li a porra do livro.

Só que como diria minha vó: "a língüa fala e o cu paga".

Marquei consulta médica hoje logo cedo pra voltar logo pra casa e curtir minhas vagabundas férias. No meio do caminho lembrei do rodízio e pensei "caralho, vou ter que fazer muita hora pra essa manhã passar!"

Não foi necessário. Meu desejo se tornou realidade. ÓÓÓ!!! Coloco os pés no metrô e a voz do microfone diz "problema na estação paraíso, sem previsão de retorno". E então eu volto ao primeiro parágrafo. Um mar de gente, um tsunami humano invadindo as plataformas. E quando tudo melhorou pessoas mostravam escoriações nos braços, suavam feito mulas mancas (!) e já era... mais um dia de stress em SP.

Como ia dizendo... estou na fase: Está em férias? Vá ao médico.

Mas é foda... puta burocracia. Pra fazer os exames tem que esperar abrir a agenda e não pode ser pelo telefone (!). Explicando... 1. você liga pra ver se a agenda está aberta; 2. você vai pessoalemente marcar o exame; 3. você vai outro dia fazer o exame; 4. você vai outro dia retirar o resultado do exame; e finalmente 5. você retorna na médica. Nisso o cisto do seu ovário já explodiu!

E depois ainda tem que ouvir do prefeito que os professores faltam demais ao trabalho. Agora concordem comigo... eu tentei fazer minha parte, mas é humanamente impossível fazer toda a peregrinação antes da volta às aulas.

Juntando um assunto no outro.

Fui à médica preocupada com o formato da minha barriga. Provavelmente ela é composta pura e exclusivamente de comida e cerveja, mas pra quem já teve um cisto do tamanho de uma laranja instalado por lá sempre se assusta.

Aí que ela solta a pérola (tenho certeza que ela é seguidora de 'o segredo': "sabe, nós somos aquilo que o nosso cérebro produz. Creio que você não tem um cisto, mas tô aqui lembrando de uma moça que atendi uns tempos atrás com gravidez pscológica". E começou contar em detalhes que a muié pensava que o movimento dos gases eram chutes do bebê e até ela mesma chegou a ouvir o coração do pequeno ser, tão influenciada que estava pela paciente.

Simplesmente peguei minha guia de exames porque eu acredito apenas na tecnologia e a receita pro meu remédio de TPM, porque depois desse diálogo eu quase tive uma síncope.

Voltei pro metrô (ainda abarrotado), peguei o carro e peguei mais algumas horas de trânsito. Viu, eu disse que não cabe mais ninguém no mundo!

Tudo isso aconteceu antes de dar meio-dia. O que mais me reserva o dia de hoje? Vou mentalizar uma mesa de boteco.


quinta-feira, janeiro 17, 2008

HERE I AM PLAYING WITH THOSE MEMORIES AGAIN

Não consegui esperar em casa dar a hora do show. Fui caminhar pela Paulista (ou melhor, tentar, pq tá impossível ser feliz com a reforma nas calçadas; tem amarelinho guiando o trânsito de pedestres: “passa agora só quem vai sentido Consolação”).

Vou ver um filminho pra ver se o tempo acelera. Escolhi a estréia de Allegro por duas palavras: PIANO e MEMÓRIA. Pensei que a combinação seria no mínimo interessante ainda mais no dia de hoje. Mas não foi. Foi bem mais do que isso, foi surpreendente. Típico filme que poucas pessoas vão gostar, mas eu fiquei lá... parada, digerindo o que tinha passado pela minha vista e mente.

Lá vamos nós. Tinha tudo pra dar errado: trânsito, chuva, horário apertado. Mas quando queremos muito uma coisa parece que nada atrapalha: o céu ficou azul, escolhemos o caminho mais rápido, chegamos com uma hora de antecedência.

Mas o show atrasou... e muito. Porra, será que eles não sabiam que sou cardíaca? Minha ansiedade já estava no grau máximo. E dá-lhe birita. Tivemos que apelar pro vinho, pq nova schin definitivamente não dá. Esmagados na mesa, longe do palco e SENTADOS. Maldito Tom Brasil.

Finalmente eles entram: Graham Russell e Russell Hitchcock. Também conhecidos como: AIR SUPPLY.

Eu sei que não é uma dupla excelente no quesito músicas e letras de qualidade, na verdade tão mais pra música brega e de corno, mas a impressão que eu tenho é que todo bom momento da minha vida tava rolando Air Supply como fundo musical.

Como aprendi com o filme da tarde, fui abrindo as caixinhas da minha memória. Então eu não coube mais em mim e chorei... da primeira à última música. Lembrando de infinitas coisas, cheiros, pessoas, lugares, histórias.

Tem um lance essencial numa música pra eu considerá-la boa. Tentarei explicar. A música começa num ritmo, depois ela cresce, cresce e pumba, seu peito estufa, vc aumenta o tom da voz pra cantar e ... já era, seus olhos estão cheios d’água.

Acontece que o Air Supply consegue fazer isso em TODAS as músicas. Se eu já gostava ouvindo no cd, imagina lá, ao vivo e em proporções estratosféricas. Em algumas músicas as pessoas acreditavam que tinha acabado, batiam palmas.... e plá... eles voltavam de onde a música tinha parado! Em outras, eles abaixavam, abaixavam e quando todo mundo tinha desencanado.... plá... eles voltavam e pediam pro público cantar sozinho.

Muito interativo o show e os 'meninos' super carismáticos. Eles caminharam entre as mesas e deixaram as pessoas irem lá pertinho do palco tirar retrato.

Palmas para os músicos que os acompanhavam e engrandeceram a noite. Apesar de não estar num piano de cauda o pianista arrasou, suas mãos voaram no teclado.

Não posso deixar de agradecer o Japinha, por ter me avisado do show, por ir comprar ingresso, por me levar lá e principalmente por estar comigo, segurando minha mão, ficando feliz em ver a minha felicidade porque nem é o tipo de som que ele gosta.

Vários textos vieram na minha cabeça pra postar aqui hoje, mas nenhuma merda que eu venha a escrever vai traduzir o que senti na noite de ontem.

Assim foi:

1. Sweet Dreams/Young Love
2. Even The Nights Are Better
3. Just As I Am
4. A Little bit of Everything
5. Here I Am
6. Chances
7. Goodbye
8. Faith in Love
9. Power of Love
10. Discurso de Graham
11. We Are All Children
12. I Want to Give It All
13. Let Me Be The One
14. Two Less Lonely People in the World
15. The One That You Love
16. Lost In Love
17. Every Woman in the World
18. Making Love out of Nothing at All
19. All out of Love

terça-feira, janeiro 15, 2008

NÃO ME SIGA, TAMBÉM ESTOU PERDIDA

'Organizei' todo o flickr hj.

Cada foto num álbum, cada álbum numa coleção.

Claro que várias ficaram erradas.

Agora é só ir aumentando...

http://www.flickr.com/photos/evaodocaminhao/

sexta-feira, janeiro 11, 2008

PERSEVERANÇA NÃO É VIRTUDE; TANTO SE ORIENTA PARA O BEM COMO PARA O MAL

Parque da Juventude ... ex- Casa de detenção Carandiru

Não adiantou os caras quererem esconder tudo o que se passou lá. O pouco cimento e o ar, carregam a história. Lotado de exu caveira, tranca rua e alma sebosa, como diria meu irmão.



Considerando apenas um parque... um desperdício: lugar gigante, lindo, limpo, com árvores pra trepar... super vazio!

quinta-feira, janeiro 10, 2008

TEMPO DISSO, TEMPO DAQUILO; FALTA O TEMPO DE NADA

Coisinhas que eu não gosto nas férias:

- vejo meus vizinhos demais
- as pessoas andam no metrô sem saber seguir o ritmo
- tenho que limpar a casa
- não tem rodízio de carros
- não saber o que será do meu trabalho na volta