E VEJO A BRUXA CRUZANDO A GRANDE LUA AMARELA

Os radicalóides de plantão dirão que sou escrota em ser uma professora que celebra o halloween numa escola pública brasileira, paga-pau de americano e blá blá blá. Um cálice de poção envenenada pra eles.

Mais que o 31 de outubro, comemoro diariamente o dia das bruxas, honro a força feminina e a diversidade da fé.

Nem ia escrever nada hoje, mas o post da Tatanca cravou uma estaca no meu peito, fazendo a dor da saudade sangrar. (drama)

"Lembrei" dos luais da pedagogia. Aquele bando de mulher reunida, bebendo, celebrando a vida e a amizade... uivando a plenos pulmões pra lua... E do Edu passando e dizendo a frase-resumo "viva as bruxinhas!".

Que as (minhas) mulheres tenham tido um dia das bruxas incrível e que continuem sobrevivendo às fogueiras que nos atiram a cada instante.

p.s. um salve pra loira do banheiro

COMBATENDO O MAL, DEFENDENDO O BEM, SOCORRENDO A TODOS SEM OLHAR A QUEM

Tudo bem que a noção de bem e mal nos dias de hoje anda meio complicada de ser compreendida, mas a idéia de socorrer alguém é sempre bem-vinda. Sempre me emociono quando escuto hinos.

Faltei nos meus 2 trampos para prestigiar o trampo novo do Pequenim Grandão (vulgo Popô, Apolônio, Finho e tantos outros).

Acordei cedo, escolhi a melhor rota de fuga para dias de rodízio e bora pra estrada. Quase chegando e eu percebo que ainda não tinha me perdido, parei no posto só pra ter certeza que estava realmente tudo indo bem. Daí solto: se eu seguir por aqui vou dar em Jundiaí? Dã. Risos.

Algum tempo depois... cheguemos... lugares vazios no auditório. Quem senta atrás de mim? A única criança escrota do local. Não me livro delas nem no dia de folga. O fdp não parava de falar e principalmente de bater o pé na minha cadeira. Eva, na tpm... Aguentei firme.

Show do canil e eu me senti a própria cadela mordendo o braço do cara. No caso, eu querendo morder o moleque.

Confesso que chorei. Não no hino, nem na entrega do diploma, nem nas homenagens. Chorei quando vi a foto do meu caçulinha com seu instrumento de apoio na mão. Há anos ele faz isso, mas nunca o tinha visto com "ela" em punho. Vi e não gostei. Por seu caráter, acredito que vá preferir usá-la como última opção, pois seu instrumento real de trabalho sempre foi e sempre será a palavra.

Espero do fundo do coração que não precise colocar em prática o juramento realizado na manhã de hoje... aquele fim me doeu... "blá blá blá mesmo com o risco da própria vida".

Que o anjo DO guarda esteja sempre alerta.

SIM SOU MUITO LOUCO, NÃO VOU ME CURAR

O teste da banheira no Hospital Psiquiátrico

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor:

- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?
Respondeu o diretor:
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie.

De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não..
- Entendi - disse o visitante - uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.
- Não - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?

[Carinhosamente dedicado a todos que escolheram o balde.]

O VERDADEIRO PROFESSOR DEFENDE OS SEUS ALUNOS CONTRA SUA PRÓPRIA INFLUÊNCIA

Simples assim:

"O material escolar mais barato que existe na praça é o professor."

Jô Soares

Um salve para as professorinhas

CRESCER É UM TRANSTORNO

Não desejo que fique como o Peter Pan, criança para sempre... espero sim, do fundo do meu coração que você faça como o Menino Maluquinho, se torne no futuro um adulto bem legal por ter sido uma criança feliz agora.

Escreva sua história no mundo de uma maneira brilhante e de preferência divertida.

PAPAGAIO FOI PRO MATO COM A ARARA DA VIZINHA

Há 27 anos convivemos com o loro da minha véia vó. Esse é o tempo dele com a gente, a idade correta ninguém sabe.

Uns meses atrás denunciaram a presença dele na casa da nona e foi um corre-corre judicial porque na época em que ela o ganhou não tinha a lei que proibia tal feito.

Pior é que ele nem era dos mais faladores, só dizia VÓOOOOOOOO VÓOOOOOO, imitando a gente.

Desde que Dona Ema perdeu marido e cachorro, esse era seu grande companheiro. Até a juíza (dia 29 de setembro último) se compadeceu e deu a ela o direito de ficar com o bichim tranquilamente.

Acontece que ontem, não sei se ele percebeu essa bagunça toda, se foi envenenado ou se tava velho mesmo... só sei que ele morreu.

Achei triste o fim, porém o consolo é que ele continuará entre nós, enterrado no tão querido jardim da casa da vó.

Fica aqui minha homenagem àquele que tão bem nos ensinou a "dancinha do loro".

REBOLA BOLA VOU MOSTRAR COMO É QUE É

Vira e mexe cria-se um moda nas escolas. A "bola da vez" com o perdão do trocadilho é a tal da BOLINHA VIVA.

Não se trata da bola viva do basquete ou outro esporte. São porrinhas melequentas ( por isso as chamo de "meleca viva"), feitas de gel ou qualquer outra substância gosmenta.

As crianças acreditam que elas se reproduzem, coisa e tals, mas até agora não vi nada parecido acontecer (claro que eu tenho minha coleção também).

Há alguns meses todos têm em cima da mesa: caderno, livro, estojo e... uma garrafa com bolinhas vivas.

A sensação é colecionar, trocar, vê-las se multiplicando e cuidar bem, trocando a água diariamente. Uns exagerados carregam garrafas pet com 2394872039487293 bolotinhas.

Onde isso vai dar? Não sei! Talvez no mesmo lugar onde se escondem os tamagochis.

MAIS VALE DOIDO NA PRISÃO QUE DISPUTANDO ELEIÇÃO

Só pra deixar registrado que depois de anos anulando, hoje eu escolhi dois candidatos. E digo que dá trabalho, pois como disse minha mãe: "eles mandam votar direito e não nos dão opções decentes".

O foda é que decidi voltar a votar justamente pra prefeito, sendo que eu só durmo e pago o IPTU em Gotham City. Apelei para a matriarca e mais guarulhense da família (salve nona) na hora de me aconselhar.

E agora quem mandará na educação em SP? Tô sentindo um cheiro de desemprego em 2009 no ar...

Bom mesmo é trabalhar nas eleições. Além de atender o mais variado tipo de eleitor, vc vê e ouve coisas bizarras, divertidas e ainda ganha folga.

Pra variar fui ímã de ex-detento. Sempre vem em mim os caras com alvará de soltura e tenho que explicar que ainda estão impedidos de votar.

Bonito ver as velhinhas e velhinhos que já passaram tantos momentos políticos nesse Brasil e fazem questão de votar, ainda que se escorando no corremão da enorme escadaria, com suas bengalas e outros tantos acessórios.

Saudade da reunião familiar desses domingos chuvosos...