O IGNORANTE AFIRMA, O SÁBIO DUVIDA, O SENSATO REFLETE.
Fiz as provas recentes do governo federal: CNU e PND. Acho que tenho ido bem na parte dos testes de múltipla escolha, mas ainda não tive nenhuma redação corrigida. Só tenho escrito nas redes sociais, nas cartas de amor, nos bilhetes de agenda, nos relatórios do trabalho, nos cursos que ando fazendo e muitas vezes com a ajudinha da inteligência artificial. Talvez eu tenha perdido a mão e queria muito um julgamento externo. Semana que vem receberei notícias. Boas ou más? Em breve saberemos...
A escola envelheceu. Nós, professores envelhecemos. Fica a sensação que perdemos a utilidade. ficamos obsoletos. Por mais que nos esforcemos para estarmos atualizados, parece nunca ser o suficiente. Talvez porque lidamos no presente com memórias do passado: "No meu tempo não era assim", "Os estudantes antigamente respeitavam os mais velhos". Talvez porque o mundo esteja mudando rápido demais. Ou ainda porque a democratização da educação nos fez rever certos conceitos adquiridos.
A profissão que era valorizada pela sociedade, ao menos moralmente, passou a ser diariamente atacada. Ser professor cada vez mais tornou-se símbolo de resistência. E, sendo assim, seguiremos em sala de aula enfrentando os percalços diários por longos anos ainda, já que nossos governantes alteraram a legislação no que tange nossos direitos trabalhistas e previdenciários.
Como competir com a agilidade dos avanços tecnológicos e como lidar com a "sabedoria não qualificada" da geração Z? Parece que tudo sabem ou podem aprender "dando um google".
Porém, se tem algo que sabemos fazer é planejar e replanejar nosso percurso. Estamos em tempo integral aperfeiçoando nossa prática.
É preciso voltar ao tempo quando eram frequentes as conversas olho no olho sem pressa para acabar. Se conhecêssemos melhor a "velha guarda" da comunidade escolar em momentos de troca de experiência talvez retomássemos o encantamento em ouvir os ensinamentos dos velhos griôs. Seria como se o antigo telefone sem fio voltasse à moda.
Em tempos de VAR talvez não tivéssemos validado o gol de mão do Maradona. Há coisas que só o contato humano faz.
Preciso que alguém prafrentex leia meu texto. Alea jacta est.

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