AS TUAS GLÓRIAS VÊM DO PASSADO

Sobre as recentes despedidas do São Paulo. Um post levemente escatológico.

1. Juvenal Juvêncio foi pro saco. De tão pau no cu, acabou morrendo de câncer na próstata.

2. Luís Fabiano... tão mercenário, tão pipoqueiro, parou de jogar na penúltima rodada pra "guardar na lembrança o jogo no Morumbi". Nem ligou que o último jogo era decisivo para conquistarmos uma vaga pra Libertadores. Do início ao fim um cagão mau caráter!

3. Rogério Ceni. Fui pro jogo de despedida que reuniu os campeões mundias de 1992/1993 e 2005. Fiquei embasbacada, nem desci pra pegar cerveja de tão emocionada em rever ídolos e um futebol bem jogado. Fazia tempo... um filme maravilhoso passou pela minha cabeça e eu lembrei cada jogo e cada pessoa que esteve comigo no solo sagrado do Morumbi. 

Bom, acontece que antes de subir pra arquibancada tive um piriri terrível. Enquanto brincava de rainha, ouvia os aplausos da entrada dos primeiros jogadores. Eu comemorava o alívio com alegria e suor. Aquela comunhão de almas! E enquanto liberava as "energias" pensei no Rogério! 

Rogério nos áureos tempos foi como aqueles banquetes fartos em qualidade e quantidade. Foram defesas incríveis, títulos sem fim. Mas também fez cada cagada... Nos colocou em cada arrepio de sufoco que vou te falar, viu! Então ficamos assim, obrigada pelo alimento, mas também será bom ficar livre de você. Atenção, não vale voltar, ein? Virou moda isso no SPFC agora.

Na verdade sempre fui mais o Zetti. O bom e velho feijão com arroz (e tomate, pra ficar tricolor), que libera aquele cocozinho coeso do dia-a-dia. Que não fede nem cheira, apenas cumpre o seu papel com discrição. Ninguém lembra dele nem de como foi feliz todas as vezes que ele esteve em campo.

Que merda!

TU TENS O NOSSO AMOR. TEU NOME E TUAS GLÓRIAS TÊM HONRA E RESPLENDOR

Dizem que somos um time de mulherzinha. Pois bem... esse ano homenagearei o dia das mulheres falando do São Paulo Futebol Clube:

É INDEPENDENTE! (Olé)

Tem uma torcida HISTÉRICA, que chega a irritar com tantas exigências, mas é o necessário para melhorias.

Trabalha com GANAS DE CONQUISTAR o estado, o Brasil, a América e o Mundo! E não só uma vez.

Derrama seu INSTINTO MATERNAL ao sempre proteger o lanterna do campeonato ou o time mais fraco do grupo.

Em certas épocas do ano, faz REGIME de gols, mas gosta mesmo quando exagera no CHOCOLATE.

Sua história é ENDEUSADA por valentes torcedores. Tem HINOS em sua exaltação e até MITO.

Como na sociedade, tem as que se destacam ou se vendem à modinha e ganham bastante DINHEIRO e a ralé que faz o trabalho sujo e ganha o que sobra. E como sabe fazer render esse tal dinheiro... nem que seja na base do escambo com as vizinhas.

Assim como uma feiticeira, sabe lidar com a MAGIA da bola e, como ninguém, abusar dos AMULETOS e superstições.

Não gosta de ficar na obscuridade. Acredita que lugar de mulher é sempre no TOPO. 

Tem a capacidade de fazer quem está perto se apaixonar, sofrer, amar e de vez em quando até FODÊ-LOS.

Gosta de muito OURO. Pra pendurar no pescoço ou para exibir na sala de casa. Vale até umas peças que têm formato de bolinha.

De vez em quando faz uns CASAMENTOS que a princípio são produtivos, mas depois desandam.

Cuida bem da SAÚDE. Está em dia com os exames e tem sempre alguém sendo levado à clínica médica.

Gosta de usar ROUPAS bonitas e combinando (três) cores.

Alguns fins de semana troca o futebol por algum SHOW, mas na semana seguinte se arrepende.

Na TPM acaba até chamando uns caras estranhos de FILHOS DA PUTA.

Carrega a responsabilidade na transmissão da HERANÇA de educação e paixão de uma geração pra outra.

Muitas vezes trabalha em prol do interesse dos "HOMENS". (Aqueles da diretoria!). 

Como diz o 'velho deitado': Toda mulher linda tem chulé! 

PODE VIR TODO MUNDO, EU NÃO TEMO NINGUÉM...

Já o Tigre...

Eu já vivenciei muita coisa com o SPFC, mas o que rolou no dia 12.12.12 foi surreal.

Adoro os simbolismos que caem no meu colo, ainda mais em dias de jogos decisivos. Voltemos ao jogo de ontem e os momentos que o precederam.

Primeiro, aquela palhaçada na compra dos ingressos. Sistema que não deu conta do recado quando houve grande procura e, em especial, o total descaso e descuido com o sócio torcedor.

Bom, só consegui comprar arquibancada vermelha. Fazia muitos anos que não assistia jogo daquele lado do campo. Se bem que, com a reforma do Morumbi, tudo é vermelho agora. Aliás, tenho arrepios de pensar quais serão os novos nomes. Deve ter uma equipe pensando em palavras bizarras para batizar os setores.

No dia da final, quando o relógio marcou 12:12 eu tirei uma carta no tarô e saiu Poseidon. Imaginei logo um jogo turbulento, com fortes possibilidades de morrermos na praia mais uma vez.

Na hora do jogo, aquele monte de zica que nunca vai em estádio brincando de celular em vez de ver a porra  toda e gritar pelo tricolor.

Acabou o primeiro tempo e no intervalo um GAFANHOTO gigante voando em cima do povo. De repente ele some. Sabe onde ele estava? Parado na minha camiseta, em cima do escudo tricolor!!!

Eu gosto quando insetos ficam por perto em momentos de tensão, mas se liga no significado do gafanhoto:

"O gafanhoto é um símbolo de sorte. Usando seus pés especialmente projetados, move-se pulando e um pulo pode jogar o gafanhoto a distâncias até vinte vezes seu próprio comprimento de corpo. 

Os gafanhotos fazem exame de uma possibilidade e se lançam para frente, passando em muito as várias etapas que outras criaturas teriam que fazer para cobrir a mesma distância."

No meio do jogo... o fim! O caneco é nosso! O Tigre virou gatinho e recuou diante do Bambi.

E tudo o que tinha pra dar errado, deu certo. A arquibancada vermelha me fez ficar do lado da torcida inimiga e deu pra xingar um bocado as porras de argentinos antes que desaparecessem e pude ver a entrega do troféu.

Poseidon mandou uma marolinha suave que deu pra atravessar boiando até chegar na praia.

O gafanhoto nos fez pular 45 minutos e ir direto para mais um título internacional.

Infelizmente, perdemos no quesito futebol a ser admirado e compartilhado, mas ganhamos um tempo a mais de comemoração...

E como ouvi no rádio: o programa do Milton Neves foi o SEGUNDO tempo!

"O campeão voltou! O Tigre não!", como diria o fake de Juvenal Juvêncio.

P.S. Esmola demais o santo desconfia... espero que a merda que jogaram no ventilador não espirre na gente!

TALVEZ EU SEJA SIMPLESMENTE COMO UM SAPATO VELHO

Acho que foi numa chamada da Globo que Jô Soares disse, "a melhor homenagem que se pode fazer à uma cidade é morar nela". Tirarei o fato de ter a Globo e o Jô envolvidos e ficarei só com a frase.

Fiquei pensando nela um tempo e comparei com os relacionamentos. A cidade que você mora representa seu namorado, sua família, seus melhores amigos e até sua própria cachola. Cheios de defeitos, mas que por algum motivo você não abandona. Pode ser amor verdadeiro, pode ser dívida de gratidão, pode ser lembrança de bons momentos, pode ser a certeza que dias melhores virão, pode ser pura e simplesmente teimosia.

Agora, a cidade que você cobiça como sendo talvez melhor que a sua é a vagabunda que forja simpatia, o melhor amigo da internet, o 'irmão' que jamais entraria numa briga por você, sua ilusão de que tudo esteja simplesmente suficiente. Todos esses são belíssimos, inteligentes, alegres e aparentemente seria um encanto tê-los sempre lambendo-lhe os bagos. Porém, lembre-se: de perto nada funciona 100%.

A cidade que escolhemos para viver não é perfeita e quem mora nela deve sim reclamar, mas sempre em luta, procurando de alguma forma melhorar. Se você acha que outro lugar é realmente melhor, pense bem, talvez seja hora de mudar... o pensamento, o discurso ou a casa.

Eu não gosto da minha cidade, logo, em homenagem à minha amada prometo: um dia terei minha casinha na Vila Maria (de preferência perto da quadra)! Afinal, eu prefiro mergulhar nas profundezas da sujeira do Tietê do que ficar na superficialidade de um turista que contempla baías e lagoas de aparente grandeza, mas que têm a mesma merda lá no fundo.

*Não sou de São Paulo, mas cada vez que escuto ou leio alguém falando mal dela é como se fosse de mim a maledicência.

** "De São Paulo tens o nome, que ostentas dignamente..."

MALANDRO É O CANGURU QUE JÁ NASCE COM BOLSA FAMÍLIA

Eu tratei meus empregos esse ano simplesmente como empregos. Não trouxe muito trabalho e muito menos sentimentos para casa.

Fiquei tão de boa que nem sabia que meu último dia do estado seria hoje e que tivemos um reajuste no salário de dezembro na prefeitura; além de tirar agradáveis dias de licença prêmio em pleno SARESP e não deixar nenhuma falta abonada ou parcial por tirar.

Não dei minhas melhores aulas, nem fui péssima. Fiz o suficiente.

Provei a teoria que ninguém é insubstituível.

A única coisa que fiz com excelência foi cultivar mais e mais o debate futebolístico. Não passei um dia sequer em que chegasse nas escolas e as crianças (de várias turmas, não necessariamente as minhas) falassem comigo de futebol. Infelizmente fui mais zoada do que apoiada em 2011, mas ninguém deixou de seguir o esporte popular pra poder comentar (ou cornetar) no dia seguinte comigo.

Olhei agora os meus presentes e cartinhas de fim de ano e não há sequer UMA coisa que não apareça o símbolo do tricolor.

Bom, acho que posso encerrar o ano letivo agora!

Ops, o Binho vai nos deixar trabalhando até dia 21! Feliz natal, chefe!

Feliz aniversário, meu amado São Paulo Futebol Clube!!!!

RESPONSABILIZE-SE PELO QUE É

Me organizei toscamente como sempre para mais um jogo do São Paulo, mas por um erro de logística, demorei demais pra comprar o ingresso e fui parar num setor xis do Morumbi. Participo com a mesma roeção de unhas e dor no estômago em cada partida e ontem não seria diferente por ser jogo histórico; fui pro jogo de todo dia com o bônus (odeio essa palavra!) de ver a milésima partida do Rogério pelo tricolor.

Porém, por estar no setor higiênico, me senti uma onça presa na jaula onde policiais vinham com truculência pra cima de quem assistia o jogo em pé e o tiozinho varria as bitucas assim que jogávamos no cantinho. Porra, parecia mais shopping do que estádio. Deixa pra lá... foi só um registro pra eu lembrar de não vacilar mais na hora de garantir a entrada.

Uma alegria ver o estádio cheio novamente. Fiquei bem pensando como os torcedores podiam fazer isso sempre, mas os dirigentes podiam facilitar também, não zoando essas merdas de setores e nem abusar no valor dos ingressos.

Nem de longe foi o melhor jogo do tricolor, mas fizemos algumas marcas importantes praqueles que gostam de números: conquistamos o mérito do gol mais rápido, maior renda, maior público nessa temporada, vencemos em casa e ainda terminamos o dia como líderes.

Tudo isso serviu para alegrar ainda mais a festa do "carçudo", como diria minha véia vó. Sabe o que gostei mais? Ele não fez e ainda levou gol. Isso prova a fragilidade de sua humanidade.

Não gosto de chamar o Rogério de MITO. Quando fazemos isso esquecemos todos os erros que alguém já cometeu e eu não caio nessa. Fico bem traumatizada com as cagadas cometidas. Prefiro sim chamá-lo de CAPITÃO. Esse título sim o caracteriza bem, ele é o cara que faz o time atuar.

Quando Ceni está disperso, o time afunda junto, contudo, se ele vai confiante, pula feito gato, se estica como homem borracha, faz gol e ainda tem sorte aí ninguém segura.

Muito legal no "dia do grito" ser mais uma tricolor berrando pro mundo inteiro: PUTAQUEUPARIU É O MELHOR GOLEIRO DO BRASIL.... ROGÉRIO!!!

Valeu Japito por mais uma carona; valeu Sil por mais uma companhia: Finho e Fofis, vcs fizeram falta na festa.

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E ainda falando em futebol, ontem também teve jogo lá na Portelinha (Parque Novo Mundo) e parece que foi tão animada a disputa entre Marconi e outro time que acabou em tiroteio com a polícia devidamente televisionado e tudo mais. Parece que morreram 4 pessoas, mas as famílias dos meus alunos estão bem apesar do puta susto.

MOSTRE-ME UM HERÓI E EU TE ESCREVEREI UMA TRAGÉDIA

Bom, o post sobre pessimismo era sobre um problema familiar, mas vou pegar o tema pra desabafar sobre o jogo de hoje.

Obviamente futebol depende dos caras jogando com raça, técnico fazendo substituições relevantes, torcida empurrando o time.

Quando nada disso é possível (time desfalcado - nosso único reforço era o Juan fora; Carpegiani no banco e ainda jogando fora de casa) uma boa dose de sorte seria bem-vinda.

Todo torcedor se apega a rituais e sinais de sorte. Eu, como já disse anteriormente, sou uma pessimista e só consegui observar as malignidades dos últimos dias.

Foram muitos os sinais que indicavam a tragédia. Listei alguns:

1. muitos sonhos com galinhas me perseguindo

2. show do Osvaldinho da Cuíca

3. visita pra amiga corinthiana que mora no bloco Pacaembu

4. coloquei a calcinha da sorte, mas sem a camisa furada no sovaco não funciona

5. almoço em família cujo prato foi batizado de "rabada dos bambi"

6. nenhuma cerveja pra beber no caminho pro jogo

7. os paiaço do pânico fazendo graça com coisa séria na arquibancada

8. uma faixa no gramado escrito "crack aqui não"


Nada vai apagar a merda de hoje. Coisas que me consolam:

1. tivemos gol do Rogério, pena que foi contra (momento rir pra não espancar)

2. grande chance do Carpegiani sair

3. por enquanto, ainda estamos na liderança!

O VERDADEIRO MAL DA VELHICE NÃO É O ENFRAQUECIMENTO DO CORPO, É A INDIFERENÇA DA ALMA

Aniversário de São Paulo hoje e o que mais li foram paulistanos irônicos praguejando a própria cidade. Não tenho moral pra criticar quem fala mal da cidade, afinal sou a pior guarulhense do mundo.

O que me causa revolta é porque São Paulo é o lugar que eu gostaria de viver, é a minha cidade por opção e me dói pessoas que eu admiro falando mal do que amo. É como se os torcedores tricolores (também comemorando idade) zoassem o próprio time. Exemplo:

Se eu visse a placa de fundação e saísse escrevendo "huuummm tem bambi SIMPATIZANTE desde a inauguração.... aimn!"

Portanto, vou inverter.

Eu, guarulhense por nascimento involuntário homenagearei os aniversariantes através do muito obrigada aos bolivianos e nordestinos (especialmente os PARAÍBAS) que dão o sangue pelo time e pela cidade e vivem aqui e torcem fazendo críticas aos problemas sim, mas com todo amor no coração.

E vocês, aniversariantes do mês, bora encher de alegria esse povo que já tem motivo suficiente pra sofrer...

NÃO TENHO TEMPO PRA MAIS NADA, SER FELIZ ME CONSOME MUITO

feliz aniversário, tricolor amado





(ontem não deu tempo!)

NA CERTA NUNCA MAIS UM NOVO ADEUS IRÁ FERIR OS SENTIMENTOS MEUS

Confesso que chorei as 3 vezes que vi o Muricy e suas declarações pós-vitória no Brasileiro. Não sei dizer ao certo, mas foi uma mistura de saudade, com inveja, com identificação...

Ah, como eu queria ver essa presença no MEU tricolor novamente! Até mesmo nos meus relacionamentos pessoais seria legal ter mais gente como ele.

Alguém que goste do TRABALHO mais do que dos holofotes.

Que reconheça o valor em agradecer a família e a mulher amada antes da imprensa. (Tomá no cu... essa mulher dele tem que ser guerreira...)

Que saiba reconhecer que aprendeu muito com outras pessoas antes de atingir tanto sucesso. (falou do Telê eu desabei!)

Que consiga dar valor pra quem realmente sua a camisa no dia-a-dia e não àqueles que só se apresentam quando há prêmios e uma falsa competência a ser mostrada.

Batido, mas...

"Se todos fossem no mundo iguais a você... que maravilha viver!"

TRÊS CORES VIBRANDO, PULSANDO DENTRO DO MEU CORAÇÃO

No aniversário de 50 anos do Morumbi eu queria mesmo era ir ao estádio, acompanhar um belíssimo jogo, em um horário decente e com excelente companhia.

Mas o time tá tosco, vai jogar às 21:00 e láaaaaaaaaaaaaa longe. Então como forma de homenagear o aniversariante fui ao cinema assistir SOBERANO. Não é um primor de filme, porém me emocionei um bocado, sentindo um saudosismo por coisas que não presenciei in loco, mas senti falta da antiga luta tricolor. A força dos jogadores que apereceram na telona não passaram nem perto do time que 'não entrou em campo' sábado passado no Morumbi.

No filme, os depoimentos mais emocionantes mostram torcedores tricolores desde o berço. O próprio filme é oferecido "aos pais" dos cineastas.

Eu não nasci são paulina. Eu ESCOLHI ser tricolor. Pai corintiano, mãe palmeirense. Incontáveis vezes escrevi aqui que nunca recebi incentivo futebolístico na família quando era pequena. Não das antigas gerações ao menos. Aqui as coisas funcionaram invertidas.

Virei são paulina por influência de um primo que eu venerava e era tricolor pq seu pai português era um 'pó de arroz' fanático. E muito por causa do irmão caçulinha que era o que mais agitava todo mundo pra ir ao estádio.

E hoje fui na primeira sessão do cinema e só havia 4 pessoas. Um pai levando o filho e eu levando a mãe. Kkkkkkkkkkkk sim, eu disse que aqui era ao contrário, os filhos ficaram tão alucinados por futebol que a mãe não resistiu e virou bandeirinha. Eu e o cara choramos pencas e a falta de pessoas foi ótima porque consegui ficar em pé algumas vezes, pois apesar de saber o resultado ainda torci em certas jogadas, e obviamente isso não dá pra fazer sentada. Hahahahhahahaaha

Mas eu realmente tenho memória zero. Não guardo nome e fisionomia de jogadores, não lembro datas, lugares, e muito menos placares. Tudo bem, isso é conhecimento factual, é só jogar no google. O que carrego comigo são dedos das mãos sem a ponta perfeita de tão roídos, gastrite nervosa frequente, músicas e gritos gravados nos tímpanos e incontáveis lágrimas derramadas nessa curta existência em preto, vermelho e branco.

Ir ao Morumbi sempre foi uma batalha. Distância, parar o carro, atravessar a Saad à pé, juntar os trutas, comprar ingresso... mas sempre momentos incríveis. Fico tão hipnotizada que já fui até assaltada... maluco conseguiu tirar coisa de dentro da bolsa em baixo da blusa, mas eu gritava tanto o gol que nem percebi (ladrão honesto, só pegou a grana do bonga e devolveu os documentos).

Agora vamos à algumas lembranças morumbescas:

• jogos com a família toda
• jogos sozinha fazendo 'conhecidências' com outros tantos tricolores sozinhos na multidão
  
• jogos com um truta tricolor... gaúcho, mas que tinha cadeira cativa e facilitava minha idas de última hora
• jogos com o irmão pequenim que sempre reacendem minha alegria em torcer
• jogos com Fofis e Sil... orgulho quando a sil quis comemorar o aniversário no estádio!
• jogos com o japa e valiosas caronas
  
• amigos chilenos que levo até hoje (um salve para La U de Chile!)
• pênaltis que nunca vi
• a derrota na libertadores que o palhinha perdeu e toda a multidão saiu de cabeça baixa

...

Enfim, quero mesmo de volta jogadores não mercenários, que honrem o escudo são paulino, técnicos que sintam o orgulho tricolor pulsando nas veias e batam no braço levantando a massa novamente.

Vamo São Paulo, bora celebrar o aniversário com uma vitória, ainda que longe de casa!

VENCER É O QUE IMPORTA. O RESTO É CONSEQUÊNCIA

Talvez pareça radical, antiético ou sem sentido o que vou escrever, o fato é que me deixa incomodada esse lance de que tudo tá bão pra seleção brasileira. Muita gente mercenária, nenhuma emoção ao cantar o hino, o eterno clima descompromissado de 'já ganhou'. Morro de inveja desses timecos que têm lutado até o último segundo e eliminando os GIGANTES. Nem comento sobre a Argentina.

Eu sou uma pessoa que tem EXTREMA dificuldade pra perder. No que depende do meu desempenho luto até sangrar e até o que depende de sorte faço desconjuros em caso de negatividade.

Nem nas minhas aulas eu incentivo o tal do 'que importa é competir', sempre exijo o melhor deles. E o melhor é VENCER. É bom, é excelente o sentimento de ser o primeiro. NUNCA fique satisfeito com o segundo lugar. Acho meio coisa de preguiçoso ficar satisfeito com o prêmio de consolação.

Quando há competição esportiva nas escolas o negócio é pior. Não sei admitir a derrota. Fico sem falar amenidades com o time perdedor alguns bons dias. Sabe esses joguinhos miseráveis que narrei no último post? Meu coração tava disparado como se estivesse no Morumbi. Me vi gritando pruns pirralhos como se estivesse no auge da fúria do nervoso Muricy.

Bom, acho que tem dado certo essa tática. Eles pegaram o gostinho de vencer. Os inscrevi até num concurso de desenho agora e parece que estão animados. A turma da tarde tá no mesmo caminho, fomos pra final que será disputada na semana que vem.

Ah, o importante desse post é dizer que esse gosto pela vitória tem criado uma geração de minisãopaulinos que passaram pelas minhas tricolores mãos.

O CÚMULO DA CONFIANÇA É JOGAR PAR OU ÍMPAR POR TELEFONE

Ontem foi um dia que tinha tudo pra dar merda, mas teve final feliz.

Passeio na escola. Me largaram com 40 crianças pra cuidar. Total momento de tensão. Odeio essa responsabilidade extra além do 'pouco' que já temos. No fim foi bem legal. Recomendo a peça "As aventuras de Gulliver" no SESC Santana.

Ida ao Morumbi, com Popô... e de MOTO! Cagaço TOTAL. Mas foi uma alegria. Graças ao excelente piloto conseguimos: fugir do trânsito, chegar cedo, pagar estacionamento mais barato, ver o pôr do sol... e ainda... fazer comitiva tricolor no corredor da marginal até o estádio. Fiquei tão tranquila que quase tirei um cochilo na estrada (ah vá...).

O jogo em si. Bando de zica do caralho. Inferno de gente que fica só falando mal... incentiva quem tá bem, cáspita (Marlos, te amo). Quase tretamos na arquibancada. Juíz ladrão da porra e 532 bolas no travessão. Como diriam os caras da Band... sofrimento porque era UNIVERSITÁRIO imagina se já fosse formado. kkkkkkkkk Pra colaborar... cobrança de pênaltis. Até tentei ver, mas depois do gol que o Rogério perdeu, voltei a fechar os olhos. Estava lá, mas não vi nadica de nada (ah vá - parte 2); o Popô me guiou na comemoração também. Mais uma parte com alegria no final. Tamo tipo alcóolicos anônimos... 1 jogo de cada vez. Tô achando ruim não.

Ah, e um salve pros caras do Habbib´s que desencanaram de vender pra ficar na torcida e ainda dividiram o banza bom com os truta tudo.

CAIU NA REDE É PEIXE

(foto site globo esporte)

caiu? rede? ahhhhhhhhh... ná!

GLÓRIAS DO FUTURO

Assim que saírem do médico...