ENTRE O SIM E O NÃO EXISTE UM VÃO
Ontem assisti "Daquele instante em diante", o documentário sobre Itamar Assumpção. Não conhecia direito sua história, nem mesmo suas músicas, mas acho que alguém definido como AGRIDOCE pelos amigos devia ser e ter algo de muito especial.
Vale comentar que transbordo de emoção ao conhecer um pouco do que vai por dentro dos grandes ídolos.
No decorrer do filme, aparecem muitas referências sobre Orquídeas e não sei por que (mentira, eu sei, mas não posso explicar a grandeza do que aconteceu aqui dentro) todas as vezes que alguém citava a relação do Itamar com as tais plantas eu regava o mundo com lágrimas, talvez por me ver também extremamente ligada à elas.
Decidi registrar uma viagem astral, ou melhor, uma viagem botânica neste post.
Eu ainda estava na barriga da minha mãe quando ganhei essa orquídea aí da foto. Orquídeas só florescem uma vez por ano, dizem, e esse é meu presente certeiro, já que suas flores só se mostram na semana do meu aniversário.
A lenda que vem da Indochina sobre a origem da Orquídea conta a história de uma mulher que esnobava todos os homens que se apaixonavam por ela e só não tinha o amor do único homem que desejava (alguma mulher já passou por isso?). Vendeu a alma para uma bruxa que garantiu "se ele não amar você também não amará nenhuma outra mulher". E então o transformou em árvore. Um feiticeiro notou o arrependimento no coração da moça e a transformou em flor, a orquídea, que fica grudada na árvore (o homem amado), alimentando-se da sua seiva.
Qualquer semelhança entre a história de Adão e Eva e a porra da costela é pura coincidência...
Acontece que orquídeas não são parasitas, ela só precisam de um apoio para suas raízes. Aliás, é uma planta bacana e econômica, que se alimenta do material que já está em decomposição.
É também uma planta usada para fins afrodisíacos e seu nome significa testículos.
Mas voltando ao Itamar, qualquer palavra será vã. Fica apenas a recomendação do filme.
O que não posso deixar de dizer é que o mundo se acostumou a achar bonitas apenas as Marias-sem-vergonha, essas que encontramos em qualquer lugar e florescem sem graça nenhuma o ano todo. Até mesmo as pessoas próximas que eu gostava de admirar passaram a ter esse comportamento.
Prefiro acreditar que ainda possamos um dia olhar melhor as orquídeas, desvendar não só sua aparência, mas o que está escondido: seus mistérios e enigmas... sua rara essência floral.
Marcadores: flor, itamar assumpção, memória, muro das lamentações, orquídea
1 Comments:
At 3:38 PM, Craudio said…
"Musas e músicas curtimos a lida
Curamos feridas amamos a vida
Viramos urtigas se o amor vira briga
Nós somos orquídeas"
Postar um comentário
<< Home