SOMOS O QUE REPETIDAMENTE FAZEMOS. A EXCELÊNCIA, PORTANTO, NÃO É UM FEITO E SIM UM HÁBITO
Hoje meus alunos podem se considerar VINGADOS. Fiz uma prova exatamente como aplico para eles. Acredito que não sou mais uma boa professora, mas que os preparo bem pro mundo dos empregos formais, isso ninguém pode negar. Nas três horas que fiquei matutando pra responder, 35 'diabinhos' ficaram rindo e rodeando minha cabeça, especialmente nas questões que falavam "uma professora do 3º ano..."
A prova era para 'promoção' funcional. Ano passado não fiz como forma de protesto, mas como nada mudou, esse ano resolvi testar se meu "concursômetro" ainda estava balanceado. Cheguei a sentir abstinência nesse período looongo de 6 anos sem fazer uma provinha oficial.
Fiz hoje o que sempre exijo: leitura de cada ponto, cada vírgula, cada solicitação de enunciado. Não sei se fui bem, mas minhas atitudes foram exemplares. Enquanto isso, vi MUITAS professoras que nem sequer levaram caneta e borracha. E ainda teve uma que perguntou pra fiscal na prova dissertativa: "é pra escrever algum textinho aqui?" Ah, mano, é tipo são paulino vestir camisa cor-de-rosa... não deixa motivo pra zoarem a categoria toda.
Tirando a parte atitudinal, não posso deixar de falar que o que eu queria mesmo era um belíssimo plano de carreira e não passar por essa situação que passei hoje cedo. Me senti naquele episódio do Criminal Minds em que 3 amigas estão presas e precisam matar 1 para que as outras 2 sejam libertadas. Porra, deveria ser uma efetiva evolução pessoal e não canibalismo entre aqueles que seriam seus parceiros (só uma porcentagem será agraciada).
Consegui aprender coisas novas sobre usinas nucleares e outros conteúdos que desconhecia e corri pra pesquisar depois da prova. Tinha até uma questão que poderia ser bacana, com um texto muito legal que me lembrou algo que tinha escrito aqui, mas aí foderam tudo com uma perguntinha imbecil.
O texto era do livro A vida íntima das palavras e começava com a definição de escola, do grego schola, que significa descanso. Então, voltamos às origens e fomos estudar no 2º dia das nossas férias...
Marcadores: educação, escola, livro, mundo bizarro, muro das lamentações, professores, prova, samba
1 Comments:
At 5:41 PM, Histórias de Arthur said…
É revoltante termos que nos submeter à avaliações com o propósito de promoção. Adorei seu texto!
Fui usar o banheiro e havia uma fila, seis professoras paradas. Passou um minuto e perguntei se estavam todos ocupados e para minha surpresa TODOS VAZIOS!! Uma ainda disse:"nossa! como somos desligadas! se ela não falasse nós iríamos ficar aqui até meio dia!!". Afe!!!
Bê maria
Postar um comentário
<< Home