evão do caminhão

nos momentos cruciais... estacione seus neurônios e acelere seus hormônios

domingo, maio 14, 2006

MÃE É MÃE, PACA É PACA


Menino(Fernando Sabino)


Menino, venha pra dentro, olhe o sereno! Vá lavar essa mão. Já escovou os dentes? Tome a bênção a seu pai. Já pra cama!


Onde é que aprendeu isso, menino? Coisa mais feia. Tome modos. Hoje você fica sem sobremesa. Onde é que você estava? Agora chega, menino, tenha santa paciência.


De quem você gosta mais, do papai ou da mamãe? Isso, assim que eu gosto: menino educado, obediente. Está vendo? É só a gente falar. Desça daí, menino! Me prega cada susto... Pare com isso! Jogue isso fora. Uma boa surra dava jeito nisso. Que é que você andou arranjando? Quem lhe ensinou esses modos? Passe pra dentro. Isso não é gente para ficar andando com você.


Avise a seu pai que o jantar está na mesa. Você prometeu, tem que cumprir. Que é que vai ser quando crescer? Não, chega: você já repetiu duas vezes. Por que você está quieto aí? Alguma você está tramando... Não ande descalço, já disse! Vá calçar o sapato.


Já tomou o remédio? Tem que comer tudo: você acaba virando um palito. Quantas vezes já lhe disse para não mexer aqui? Esse barulho, menino! Seu pai está dormindo. Pare com essa correria dentro de casa, vá brincar lá fora. Você vai acabar caindo daí. Peça licença a seu pai primeiro. Isso é maneira de responder a sua irmã? Se não fizer , fica de castigo. Segure o garfo direito. Ponha a camisa pra dentro da calça. Fica perguntando, tudo você quer saber! Isso é conversa de gente grande. Depois eu dou. Depois eu deixo.


Depois eu levo. Depois eu conto.


Depois.


Agora deixa seu pai descansar - ele está cansado, trabalhou o dia todo. Você precisa ser muito bonzinho com ele, meu filho. Ele gosta tanto de você. Tudo que ele faz é para seu bem. Olhe aí, vestiu essa roupa agorinha mesmo, já está toda suja. Fez seus deveres? Você vai chegar atrasado. Chora não, filhinho, mamãe está aqui com você. Nosso Senhor não vai deixar doer mais.


Quando você for grande, você também vai poder. Já disse que não, e não, e não! Ah, é assim? Pois você vai ver quando seu pai chegar. Não fale de boca cheia. Junte a comida no meio do prato. Por causa disso é preciso gritar? Seja homem. Você ainda é muito pequeno para saber essas coisas. Mamãe tem muito orgulho de você. Cale essa boca!


Você precisa cortar esse cabelo.


Sorvete não pode, você está resfriado. Não sei como você tem coragem de fazer assim com sua mãe. Se você for comer agora, depois não janta. Assim você se machuca. Deixa de fita. Um menino desse tamanho, que é que os outros vão dizer? Você queria que fizessem o mesmo com você? Continua assim que eu lhe dou umas palmadas. Pensa que a gente tem dinheiro para jogar fora? Tome juízo, menino.


Ganhou agora mesmo e já acabou de quebrar. Que é que você vai querer no dia de seus anos? Agora não, que eu tenho o que fazer. Não fique triste, não, depois mamãe dá outro. Você teve saudades de mim? Vou contar só mais uma, está na hora de dormir.


Agora dorme, filhinho. Dê um beijo aqui - Papai do Céu lhe abençoe. Este menino, meu Deus.


(IN-: Elenco de Cronistas Modernos. 17a ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000. Pp.39-40)

sexta-feira, maio 12, 2006

SOU APENAS UMA CRIANÇA PERDIDA NA ESCURIDÃO. SOU O ANJO CAÍDO QUE MOSTRARÁ À VC O CAMINHO PARA A LIBERTAÇÃO

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A Maldição da Sala Verde

Um dia, há mais de cem anos, a professora da sala verde de uma escola de dois andares recebeu um bilhete que dizia: "Quer salvar seus alunos? Conte para eles a maldição. Ass. Eu".
A professora foi besta e não quis contar para os seus alunos.
De repente, começou um vento muito forte que fez a cortina levantar até o teto. A luz se apagou. O ventilador escapou e girando muito forte cortou a cabeça das crianças, tirando suas vidas.
A professora tentou sair, mas não conseguiu abrir a porta porque estava emperrada.
Uma faxineira que passava pelo corredor ouviu os gritos de crianças. Quando ela entrou na sala verde, não tinha ninguém.
O sangue estava espalhado e os espíritos presos entre as duas salas. Até hoje ouvimos seu barulho...

(autoria: 1ª série D - E.E. Profª Florinda Cardoso)

Falta arrumar alguns detalhes, mas acho q meus alunos entenderam a estrutura de um conto de assombração!

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