evão do caminhão

nos momentos cruciais... estacione seus neurônios e acelere seus hormônios

segunda-feira, janeiro 28, 2013

AQUI NINGUÉM É BAMBA, MAS TEM UM IDEAL QUE É INCENTIVAR A GENUÍNA MELODIA NACIONAL

Amor de carnaval não dura? Diz isso quem nunca pisou na quadra da Peruche. Fui lá a primeira vez por companheirismo e acabei apaixonada pela escola. 

Está no grupo de acesso, a quadra não é tão cheia, mas ainda mantém a essência do carnaval: O BOM SAMBA E O POVO!

Viva o Cantinho da Peruche com suas vozes que arrepiam! Viva a velha guarda e a nova geração sempre presentes! Viva a fantasia a R$ 50,00 com direito à camiseta!

E a bateria? Rolo Compressor quando toca atropela de fato nosso coração e saímos com o corpo moído de dançar.


Quando penso ser meio traidora frequentando as duas quadras (Vila Maria e Peruche) vejo que muita gente está nos dois lugares. Qual não foi minha alegria sábado passado ao ver a união das duas escolas na festa da bateria. Fiquei igual criança de euforia... Coisa mais linda!



Digo agora sem medo: meu coração é verde, azul e branco da Vila, com um toque de amarelo da Peruche.

Isso é Brasil!


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quinta-feira, janeiro 24, 2013

OS DEUSES PRECISAM DE HERÓIS PARA FAZER SUAS VONTADES AQUI NA TERRA

Hoje a afilhada Bea faz 15 anos. É bem estranho, já que foi outro dia que a recebemos no hospital com aqueles dedinhos finos e compridos no macacão cor-de-rosa. Agora ela tá TODA alongada, gigante, linda, com uma inteligência que faria inveja à muita gente digna de prêmio Nobel.

Quando penso que os comentários ácidos lançados por ela são recentes, leio no caderninho de "pérolas da Bea" uma frase que ela disse com uns 2 anos. Depois que alguém a viu de fralda e perguntou se uma moça tão linda não sabia fazer xixi, ela respondeu: "XIXI EU SEI, SÓ NÃO SEI LIMPAR!". Tome!

Seu mapa astral natal mostra que ela é puro elemento AR, ou seja, cérebro. Resolve tudo de maneira prática e sem mimimi. E foi assim desde sempre. Quando a Tata avisou que estava grávida, estávamos olhando um mural da faculdade e pareceu que tínhamos lido um anúncio qualquer. Sem dramas, só expectativas.

Ela veio iluminar o mundo num tempo em que as crianças não eram banhadas em baldes e com mil proteções ao redor. A nossa Bea nos acompanhava em baladas, foi muuuuuuuuito zuada e contrariada, mas sempre cercada de mimos e aconchegos (mas sem perder a piada jamais). Não sei se fizemos bem; acho que sim, porque ela é uma mocinha muito da porreta.

A família fez um excelente trabalho certamente, mas é bem legal saber que ela é uma criatura com 3 dindas. Do seu jeito, cada uma complementou sua formação. A mim coube ensinar jogar serpentina e provar gás hélio, além de compartilhar a paixão por mitologia grega.

Menina linda, chique, mas que peida e joga a culpa nos outros. Que orgulho! 

Pessoa que nem sabe como meu coração dispara de amor cada vez que sabe que vai te encontrar.

Que fica brava porque só leu 17 livros num ano, que gosta de flores, você é nossa maior história de amor e a flor mais cheirosa do nosso jardim.

Semi-deusa, heroína poderosa, que suas aventuras sejam de muitas descobertas...

Bom começo de nova fase de vida. Estarei sempre aqui por você!


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quarta-feira, janeiro 23, 2013

QUEM PENSA DEMAIS É TRISTE

"Não importa o que eu faço ou escolho. O erro está em mim. Não posso fazer nada. Quando não estou me magoando estou magoando outras pessoas. Não posso fazer nada. Sou uma broken-heart."

terça-feira, janeiro 22, 2013

A PERGUNTA É: POR QUE LEMBRAMOS O PASSADO E NÃO O FUTURO?

A ideia de dirigir até Valinhos depois de um fim de semana em ritmo de maratona não me agradou. Ainda mais pra ir em um velório de alguém que nunca tinha visto na vida.

Porém, quem acha que velório é só um dia triste nunca passou por um da minha família. Acho que as pessoas ficam guardando piadas especiais para essas ocasiões.

Ninguém nunca faz esforço para uma visita social, então aproveitam essas datas pra falar merda, muita merda. 

Vou voltar... minha bisavó era uma sinhazinha fazendeira de Valinhos, mas o que ela fez? Se apaixonou pelo cocheiro e optou por viver o grande amor completamente pobre. Meus avós poderiam ter se estabelecido  muito bem em qualquer cidade vizinha, mas não... resolveram virar operários aqui nessa porra de Guarulhos (!!!!). Desde então a família ficou separada em dois guetos: "os de lá" e "os de cá".

"Os de lá" recebiam a sobrinhada toda para os períodos de férias e "os de cá" eram os guias turísticos para compras no Mappin, jogos no Pacaembu, visitas ao Parque São Jorge e festas de reveillon com São Silvestre. Com o passar dos anos ninguém mais se viu, um telefonema ou outro no dia do aniversário e olha lá.

Eu não conhecia ninguém, mas ao mesmo tempo senti um tufão de nostalgia. Pareceu como se a história só se repetisse 70 anos depois.

Um dia, a psicóloga da escola que eu trabalhava me chamou e deu um puta esporro porque eu dava apelido para todos os alunos. O que pra ela era ofensa, pra mim sempre foi prova de carinho. Se você não tem apelido, é porque não é especial. Pelo jeito isso vem de gerações. Ninguém de Valinhos tem nome, só apelido. E o lance é tão arraigado que quando eu perguntava o nome original da pessoa ninguém lembrava pra me dizer.

E palavrão? Desde pequena eu escuto umas expressões que eram um tipo de pecado mortal. Eram eles (por ordem de infâmia): 1º. Porco cane, 2º. Porca de la madona e 3º. Porco dio. Nunca mais tinha escutado, mas ontem enquanto metade da família chorava a defunta a outra metade chegava gritando PORCO CANE, QUANTO TEMPO! PORCA DE LA MADONA, QUANDO VOCÊS VÊM VISITAR A GENTE?...

Devo ter uns roxos no braço de tanto que a italianada me apertou. 

No domingo eu encontrei meu caçulinha, meu FINHO e apesar dele estar todo fardado cuidando da segurança do estádio dei uns beijinhos e fiquei acarinhando. Minha vó fez igual com o caçulinha dela, o INHO. Ela com 90, ele com 79, mas caçulinha não tem idade pra chamegar! Eles podem errar muito, mas sempre são perdoados.

Também gostei de ver que esses meus zóios cor mutante são iguaizinhos os dos irmãos da vó. 

Sei que eu tava com medo da véia vó passar mal com a notícia da morte da irmã, mas no fim ela ficou tão feliz em reencontrar com os vivos "de lá" que a viagem valeu a pena. Agora fiquei com a certeza que ela vai passar dos 100. Niemeyer vai ser fichinha... a véia vai bater seu record de vecchiaia...



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sábado, janeiro 19, 2013

DEPOIS DO CARNAVAL TODOS COLOCAM AS MÁSCARAS

Não há como negar: os "filhos de carnaval" ficam com um negócio especial pulando no corpo nessa época do ano. Muita gente gosta da data, mas pensa o que é "ser feito" em plena folia. O gene do ziriguidum fica impresso até no mais pacífico dos seres humanos.

Na infância, lembro da minha mãe cantando sambas bonitos, dos bailinhos em clube, do tio português ensinando dançar o 'quadradinho', de ir na avenida ver as tias desfilando na avenida, da farra na praia...

Mas, não tem jeito... sou uma branquela desajeitada e sem memória. E às vezes bem que eu invejo aquelas menininhas e menininhos criados no meio da quadra. Por mais que me esforce, serei sempre uma penetra sem samba no pé.

Nada disso impede que eu derrame lágrimas e transborde euforia toda vez que os bumbos explodem. Muitas e muitas vezes precisei 'ser contida' em plena festa. "Porque o samba é a tristeza que balança e a tristeza tem sempre uma esperança."

Nem dá pra contar todas as aventuras que vivi em dias de carnaval. Umas porque foram muito emocionantes e não cabem em palavras, outras por esquecimento alcóolico e outras por serem impublicáveis mesmo.

Esse ano vai acontecer algo novo. Vou defender a "minha escola" - Unidos de Vila Maria. O amor é novo,   porém querer-bem não se conta em tempo, mas em intensidade. Assim como no futebol, tive que ser auto-didata na escolha das cores pra vestir a camisa. E a paixão é tão parecida que muitas vezes me confundo e transformo as palavras de ordem da Vila "tem que ter PAIXÃO", por "tem que ter RAÇA". 

E já que nesse ano o carnaval vai ser cedo, estou curtindo a quadra desde a festa junina (?!) de 2012. Muitas feijoadas de sábado, tantas festas pré-carnaval das alas e especialmente as rodas no Cantinho da Vila. Mesmo assim tudo passou rápido demais e estamos à beira do desfile. Tenho faniquitos só de pensar no assunto. 

Tenho inúmeras críticas a fazer sobre o esquema carnavalesco das escolas de samba, mas o amor invadiu meu peito. Exemplos:

- a fantasia é caríssima, mas é linda;
- não gostei da mudança (inclusive do nome) da bateria, mas parece que o cara que veio da Mancha Verde pra substituir o Mestre Mi  finalmente arriscará a paradinha no dia do desfile;
- não quero girar porque é certeza que vou cair ou me enroscar na roupa de alguém, mas que vai ser lindo pra quem estiver na arquibancada assistindo, vai;
- seria bem melhor desfilar sem tempo e com a cadência reduzida da bateria como era antigamente, mas ainda será bom entrar no transe do sambódromo por alguns minutos...

Ah, essa é só uma escrita pra aliviar a ansiedade. Ainda estarei nos blocos, na Peruche... Outras palavras ainda virão, mas aí deixa pra depois...



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sexta-feira, janeiro 18, 2013

A VIDA É A ARTE DO ENCONTRO

... embora haja tanto desencontro pela vida!


"Há um antigo mito chinês sobre o Fio Vermelho do Destino. Diz que os deuses prendem um fio vermelho no tornozelo de cada um de nós e o conecta a todas as pessoas cujas vidas estamos destinados a tocar. Esse fio pode esticar ou emaranhar-se, mas nunca irá partir."

(Touch 1 x 01)

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terça-feira, janeiro 15, 2013

APENAS COLOCAMOS UMA NOVA CARA NA MESMA SOLIDÃO


ALTERIDADE é a palavra que define o que fazemos durante a leitura. Ana Maria Machado resume: "Ser outro, continuando ser o mesmo."

Eu sou assim não só com os livros; entro numa viagem sem precedentes com novelas e principalmente seriados. Assim como muitas pessoas, vivo os romances, as aventuras, os dramas, as perseguições e decepções das mais variadas personagens como se fossem minhas.

Se por um lado tenho que sublimar o amor perfeito me imaginando nos braços de Nathan Scott...

Muitas vidas serão poupadas já que também me contento com alguns assassinatos que gostaria de cometer e resolvo com gargantas cortadas, facas enfiadas e tiros disparados nesses milhões de coisas de serial killer que ando vendo.

Já pensou se a ficção vira realidade como no filme "Número 23"? Ui!

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terça-feira, janeiro 01, 2013

QUANTO MAIS EU TRABALHO, MAIS SORTE TENHO

Nesse ano novo não vou fazer desejos ao acaso. Pedirei apenas coragem para executar os planos que estão aqui dentro do cabeção.

Em 2013, pretendo me esforçar para:

  • Cuidar do meu corpo. O que significa ir ao médico;
  • Estudar muito mais os assuntos da Astrologia. Espero que não seja como o truco, que eu sei as regras, mas não sei aplicar no jogo em si;
  • Ter abstração mental para aguentar a maldade dos adultos das escolas e sabedoria para ensinar as crianças;
  • Continuar a reforma da casa antes que tudo caia em nossas cabeças;
  • Ser um pouco menos autista. Acho que nesse momento da vida estou sentindo falta de estar em alguns grupos.
  • Respirar profundamente para não ter um ataque cardíaco em jogos do São Paulo;
  • Que eu fique cega, surda e sem intuições em momentos pontuais de galinhagem da galinhada;
  • Cantar muito no carnaval pra ver a Vila Maria campeã e a Peruche subir pro grupo principal.
  • Tirar mais fotos;
  • Não fazer contato visual, oral e físico quando estiver bêbada.