evão do caminhão

nos momentos cruciais... estacione seus neurônios e acelere seus hormônios

segunda-feira, março 29, 2004

NÃO TENHO TESTEMUNHAS; NINGUÉM VIU AQUELE CARA QUE ME ATROPELOU E FUGIU...

Sabadão “Trash” pra variar... me enchi de tranças e me joguei na festa “sexy girls”... me senti celebridade, já que colocaram 2 fotos minhas no telão. Detalhe: 1 eu tava de perfil com essa barriguinha que é realmente mui sexy e outra que eu tava realizando um boquete no tridente do Barbie em Ouro Preto, já naquele grau de insanidade! Péssimo!

Histórias da boléia:
1. entrei no fotolog “ilovethem” que a galera só põe foto de sapato e me encantei por um par que era enorme. Estabeleci contato com o dono do sapatinho de cristal.
2. eis que o cara responde dizendo que calça 44. Fiquei delirando, imaginando o corpo mais que dotado do sujeito.
3. olhei mais fotos dele e algo me dizia que deveríamos conversar. Descobri que ele é brasileiro, mas mora em Portugal. De qualquer forma, achei que devia procurá-lo: entrei no MSN, no ICQ...
4. o cara não respondeu! Não desanimei!
5. Finalmente hoje conversamos, ou melhor, tentamos conversar, já que o sujeito tava chapado de tudo... e a minha cisma com ele não era à toa...
6. ele é amigo do Tonyy, coisa básica, simplesmente o dono da Trash.
7. destino de cu é rola.... bruxaria de cu é rola também...
8. e digo mais... por mais que eu rode nessas estradas, o caminho parece que é em círculo...

sábado, março 27, 2004

NO DECOTE DO HORIZONTE EU VEJO O SEIO DA LIBERDADE

A aula na PUC hoje foi bem animadinha e interessante, deu até pra entender algumas coisas. Acho que foi pq no intervalo eu e a Tata não aguentamos e fomos tomar umas brejas... Espetáculo!!! Tava demorando né? O foda foi chegar atrasada cheirando cigarro e cerveja... É bom para o moral!!!

Dá um look no horóscopo de hoje:


Hoje vai se surpreender com toda a revelação de impulsos vitais que podem surgir em você. Grande estoque de energia para os seus empreendimentos agora.

Possibilidade de tornar seu caso de amor mais sério do que esperava. E vai ser algo duradouro e muito bom para você.

Sua maior aventura hoje será realizar seus sonhos junto da pessoa amada. Faça isso sem pestanejar.


Apertem os cintos!!!

quinta-feira, março 25, 2004

CACHAÇA MATA LENTAMENTE... E DAÍ, NÃO TÔ COM PRESSA...

Bem, foi muito bom ter conversado com o Victor outro dia. Decidi acalmar essa minha ansiedade de passar as tardes em casa, me sentindo o mais incompetente dos seres. Vou fazer como os espanhóis: acreditar que trabalho o suficiente e que tenho todo o direito de parar às 13:30 da tarde para realizar meus afazeres pessoais. Isso inclui dormir, ver Malhação e até estudar um pouco.
Aliás, tô tentando ler os 6 textos pra aula de sábado. Alguém poderia me explicar o que é essa porra de Materialismo Histórico? Marx deve estar se revirando no caixão por minha causa!!!
Ah, tirei a sonda hoje de manhã... espero ter em breve coisas melhores pra enfiar na garganta...
Afe, que coisa de caminhoneira: BRANCONA e CARNUDA!!!

quarta-feira, março 24, 2004

QUEM COME PREGO SABE O CU QUE TEM

Aqui estou eu com uma sonda enfiada no meu nariz e que chega até o estômago... Delícia!!!
Pelo menos essa semana eu encontrei vários caras que me conhecem por dentro... todos médicos formados...
Eca, só vou poder tirar amanhã de manhã... mal tô conseguindo engolir!!!
LEMBRANÇA DE CENAS CONCRETAS SE VÊEM NA ÍRIS

O Victor pediu pra eu escrever umas palavras sobre A Hora do Carvoeiro pra sair na 2ª edição do livro. Me senti honrada, mas com medo, pq não sei quais são suas expectativas... De qualquer forma, mesmo que ele não publique, gostei de escrever. Me fez lembrar de coisas, assim com a leitura do livro. E o mais legal é que, por coincidência as pessoas têm me dado oportunidade pra escrever... seria uma sinal?
Fica aí a sugestão de leitura e meu comentário a (talvez) ser publicado:

Conheço o autor há uns 10 anos. No caminho dessa vida nos perdemos várias vezes (nos traços de Deus as linhas divergentes são paralelas), e felizmente neste caso, as linhas tornaram-se perpendiculares e nos esbarramos novamente. Num desses encontros, ele me disse que estava escrevendo um livro e mais que isso, o livro seria publicado. Obviamente fiquei imensamente feliz, mas confesso que não me animei a ler a sua tão elaborada obra. Julguei ser um trabalho totalmente técnico da área de advocacia, mesmo sob a capa da ficção.
Enfim, fui presenteada com essa incrível história de um amor pelo crime. De repente me vi alucinada, sem largar o enorme volume de palavras que narrava o conflito de Hermes, me sentindo parte de todo aquele universo, sofrendo e torcendo por cada personagem. Lembrei-me dos meus alunos da periferia e de suas famílias, do meu melhor amigo que fora assassinado e principalmente deparei-me com meus próprios conflitos éticos e sociais.
A questão é que eu também me pegava pensando no autor e comecei a questionar até que ponto Hermes e Victor se misturavam. Claro que era uma obra de ficção, mas essa é só uma versão. E nossa vida é feita de versões, não é, colega? . Ou talvez, alguém, em algum lugar distante colocara aquelas palavras nas mãos dele...
Toda vez que me vejo tendo de optar por algo, entro em crise, com medo de perder a hora do carvoeiro, aquele momento em que a decisão deve ser tomada, porque todas as circunstâncias conspiram a favor do agente, mas nem sempre é fácil identificá-la.
Mas também aprendi que nesta vida devemos fazer sempre o melhor, e que o melhor é sempre o melhor possível , e que é necessário ter muita paciência...
E agora que o livro e seu inventor chegaram no alto da montanha, não importa a que preço, eu estarei lá para aplaudi-los.

Eva, a mulher impura que destruiu os sonhos dourados da paz no jardim celestial. Eu posso assinar!!!

domingo, março 21, 2004

SE EXISTE DEUS EM AGONIA, MANDA ESSA CAVALARIA QUE HOJE A FÉ ME ABANDONOU

Essa frase do Marcelo Camelo a Dedé falou pra eu anotar e não tem lugar melhor pra ser citada do que aqui, no dia de hoje. Uma pq eu tô curtindo esses Los Hermanos, outra pq tô com muita saudade e preocupada com a menina Dedé e ainda pq a fé na masculinidade alheia tb me abandonou.

EVA C. drogada e prostituída, além de ninfomaníaca
6ª feira 19/03 fiquei sabendo que passei nos 2 concursos (PDI e Diretor de escola) Tô me sentindo muito cabeção, pena que foi só pra diversão...
Fazia tempo que não me sentia tão animada.

Entrei de Vip na Trash pq era trasher da semana... Chegamos muito cedo e fomos (eu, Costela, Vivi e Kleber) pro boteco. Tudo bem que só eu bebi, mas rimos muito, embalados pela ótima trilha sonora amansa corno.

Enfim, continuei bebendo e fiquei num estadinho péssimo. Beijei várias bocas do pessoal de sempre mesmo (o Chico foi a surpresa da noite), inclusive daquele que não se pode dizer o nome e só um anônimo que tava dando sopa na saída do banheiro. Fiz meu melhor French Kiss...animadíssimo!
O Dan estava lá, e quando me viu fez uma cara de surpresa e no meio da balada veio com um papinho de jacaré... me economize!

A Vivi participou do seu 1º rapto de cones... pegamos um mini cone com icterícia... ele é todo amarelo clarinho e sem listas. Super exótico, bem como esta noite!

Fui direto pra aula exalando álcool pelos poros, tomando coca cola e energético às 8:30 da manhã. Fiquei em estado de alfa o dia todo. A Tata me mandando torpedos “acorda, cabeção”. Foi difícil! E ainda um pouco bêbada, no banheiro, entrei numa discussão com a Tata, se bebedeira dava gases, eis que no clímax da discussão entra a professora, que nos olhou com uma cara... É isso aí, se é pra pagá mico, nóis paga mesmo!!! Viu, Sil, que orgulho!?!

Dormi das 19:00 às 22:00 e bora de novo pra Trash pq a Tuka me deu outro vip provavelmente pq queria experimentar meu beijo, e assim o fez! Disse que gostou. Detalhe que ela falou assim “não é que bom mesmo?!” Quem será que anda divulgando essas coisas por aí?

Fiquei louca de “tuiiiiiiiiiiiiiim” sozinha! Sil e Dedé, que falta vcs me fizeram!!! E continuei a sina de beijar quem encontrasse pela frente.
Realizei o fetiche de beijar 2 gêmeos simultaneamente. O fato me fez lembrar que na 4ª série eu era apaixonada por uns gêmeos da minha sala e nunca sabia com qual dos dois eu queria dançar nos bailinhos de fundo de quintal...

Beijei outras tantas bocas, mas não me peçam pra lembrar a cara muito menos os nomes da galera... A minha língua ta completamente assada de beijo e tuiiiiiiiiiiiiiiiim.

Agora, o Pedrero continua não querendo nada mesmo e olha que eu fiquei sabendo que uma galera saiu na campanha em meu favor. Acho que pareço um monstro pra ele. Pau no cu... a partir de agora seremos bons amigos que gostam de discutir futebol, e olha lá... O típico caso “quem desdenha quer comprar”! Aliás, o SPFC tá tomando no cu do azulão. Merda!

Cheguei em casa, bati uma pizza de escarola e capotei... detalhe que acordei muito cedo hoje pq minha cabeça não tava comportando tanto pensamento e eu precisava acordar pra pensar melhor... Afe, coisa de lôco... e o que eu sou mesmo?

Acho que escrevi demais, mas precisava socializar o fim de semana...

terça-feira, março 16, 2004

TATU QUE É MACHO NÃO DIVIDE O BURACO
A galera da Trash 80´s pediu pra eu escrever um textículo pra colocar no site. Tinha que ser pra hoje, então ontem, na minha super inspiração escrevi o texto em meia hora.
Mas tem o lance da insegurança, então eu fiquei mais 3 horas arrumando com a ajuda da Estelinha.
Saiu hoje. Detalhe que o povo mexeu , mudou alguns termos e não arrumaram direito. Logo eu , que queria trabalhar com revisão de texto... imperdoável.
Mas, de qualquer forma, quem quiser visita lá: www.trash80s.com.br
Não sei se consegui, mas queria sem citar nomes homenagear as pessoas das antigas e das novas gerações que sempre estiveram ao meu lado.

sábado, março 13, 2004

TUDO QUE É APENAS SUFICIENTE NUNCA É O BASTANTE
Bem, estou recuperada e aliviada pelo texto escrito anteriormente.
Mas voilá... acabo de chegar da minha 2a aula da pós na PUC no curso de "História, Sociedade e Cultura" que tô fazendo com a Tata, embora em turmas diferentes. Que coisa, eles nem sabiam do nosso histórico como estudantes da mesma sala e já nos separaram. Se eles soubessem quantos ataques de risos e de bufas nós já passamos juntas aí é q o bicho ia pegar.
Bem, só queria ensinar pra vocês o nível dos termos que estamos discutindo das 8 às 5 em pleno sabadão: na 1a aula, sábado passado, entrou um professor discutindo a semiótica psicanalítica no filme "1492- a conquista do paraíso" sobre a viagem de Colombo na ótica de Ridley Scott, ou seja escorrendo sangue da tela...
E hoje, além de vários discursos dos amigos , companheiros historiadores da sala de aula, a professora se auto-intitula Marxiana e não Marxista, como julgávamos saber anteriormente. Só posso concordar com a amiga Tata, que ela deva ser proveniente de algum planeta chamado Marx...
Enfim, procuro informações de onde posso encontrar uma cabeça nova pra compra e anexar nesta minha que já está gorda demais pra ainda aguentar 2 anos de tanto conhecimento.
Affffeee...

sexta-feira, março 12, 2004

NOSTALGIA É A TRISTEZA, A MELANCOLIA PROVOCADA PELA LEMBRANÇA DE UMA FELICIDADE PERDIDA.
DE TANTO DESPEDIR-ME, SECARAM MINHAS RAÍZES E TIVE DE CRIAR OUTRAS, QUE À FALTA DE UM LUGAR GEOGRÁFICO NO QUAL APROFUNDAR-SE, FOI NA MEMÓRIA QUE SE FINCARAM; MAS, CUIDADO!, A MEMÓRIA É UM LABIRINTO DENTRO DO QUAL MINOTAUROS NOS ESPREITAM.


Acabei de ler “Paula”, o 3º livro de Isabel Allende que me caiu nas mãos. Esta escritora chilena tem aparecido constantemente na minha vida nos últimos tempos e por obra de sua bruxaria ou sei lá que raio de coisa tem me inspirado e me emprestado suas palavras para que através delas consiga extravasar meus desejos e sentimentos. Sabia o que estaria escrito em Paula antes mesmo de lê-lo, assim como os livros que Isabel saía escrevendo guiada pelos espíritos.

Desde o ano passado Pablo Neruda me chama como ondas do mar tão amado que vêm até a areia e voltam e este ano o destino me soprou pro Chile em janeiro. Algo mágico aconteceu. Não sei se ainda tenho coisas pra descobrir ou re-encontrar naquelas terras ou se é um sinal da Isabel e do Don Pablo.Quem sabe incentivando e iluminando minhas idéias, me inspirando para que talvez eu enfim tenha coragem pra começar escrever meus próprios livros.

Como ela, as palavras que escrevo agora estão vindo pra mim não sei de que dimensão, só sei que nunca digitei tão rápido e sem enxergar, já que as lágrimas não param de correr. Já vomitei de tanto chorar e a lembrança de muitas coisas me passam na cabeça.

No livro, ela conta sua própria história e a do Chile enquanto vela a morte lenta de sua filha com 28 anos de idade.

Quando penso em minha morte, imagino algo trágico, repentino e sempre procuro deixar recados imperceptíveis como este texto para aqueles que ficarem. Como será que as pessoas lembrarão de mim quando eu partir? Mas no fundo sei que vou ficar pra semente, que morrerei bem velhinha, embora tenha muito medo disso.

Também tenho medo das minhas intuições e pensamentos que pro bem e pro mal acabam acontecendo.

Às vezes não gosto de ficar sozinha em casa ou com meus pensamentos pq sinto a presença física dos que já morreram. Criei um jogo comigo mesma e finjo que nada acontece, mas de repente elas me aparecem. Meu avô, meu tio, pessoas que não me recordo e principalmente o Janjão, meu Janjas, meu Jones.

Hoje me bateu aquela dor física, uma dor que só experimentei no dia de sua morte, que me apertou o peito, me tirou o ar e me fez vomitar demais: o frio da morte vem das entranhas, como uma fogueira de neve ardendo por dentro; ao beijá-lo, a neve ficava nos meus lábios, feito uma queimadura.

Me despedi dele no dia do baile de formatura, na hora em que eu mesma quase morri no coma alcoólico. Naquela madrugada, quando acordei e continuava chorando sua falta me dei conta que era hora de o deixar partir.Agora não sei onde ele está, mas sei que me acompanha e às vezes tenho vergonha do coisas que falo e penso, pois acho que ainda me critica e me abre os olhos com um jeito que só ele sabia fazer e com a cumplicidade que só a ele eu permitia me entregar.

Minha cabeça funciona muito mais rápido que o computador, e eu acho que às vezes preferia um gravador a um teclado, mas há coisas no meu pensamento que não ouso colocar pra fora.

Queria colocar aventuras alegres e bastante divertidas neste espaço, mas a vida não é assim e precisamos muitas vezes afundar numa tristeza para ressurgirmos cheios de força, afinal somos uma mistura de vida e morte o tempo todo.

Às vezes ainda me pego pensando revoltada sobre quem e por que fizeram isso com ele e com a gente, mas são perguntas que jamais terão resposta, a menos que ele venha num sonho me contar, mas não quero que ele o faça. Nos despedimos de sua inteligência, de sua vitalidade, de sua companhia e do seu corpo, mas ficou o essencial: o amor.

Ele teve por missão neste mundo unir aqueles que passaram por sua vida, e nessa noite todos nós sentimos que estávamos protegidos sob suas asas siderais, imersos naquele silêncio puro onde, quem sabe, os anjos reinam.