evão do caminhão

nos momentos cruciais... estacione seus neurônios e acelere seus hormônios

quarta-feira, dezembro 30, 2009

NÃO SUBESTIME A COBIÇA ALHEIA

Retrospectiva 2009:

Em quem se pode confiar? Ninguém.

Em quem eu confio? Eu.

E olha lá!

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quinta-feira, dezembro 24, 2009

SONHEI COM A IMAGEM TUA, CAGUEI NA CAMA E JOGUEI NA RUA

... A MERDA ENDURECEU, PASSOU UM CARRO E FUROU O PNEU
LEVARAM PRA PREFEITURA, EXAMINARAM ERA MERDA PURA
LEVARAM-ME PARA O XADREZ, E SÓ DE RAIVA CAGUEI OUTRA VEZ!

Que merda eu ter lembrado dessa linda parlenda da minha infância!

Bom, era só pra dizer que sonhei num único sonho com os dois grupos que mais tenho sentido falta: as mosquetas e meus alunos da 4ª série.

As moscas me esperavam cada uma em um restaurante e eu perdida, dirigindo a noite por ruas e quarteirões que não eram quadrados (que novidade essa!). No caminho eu encontrava os pirralhos andando de carrinho de rolimã e falando pra eu desistir de encontrar as meninas e ir pro Trote da Vila Maria. kkkkkkkkkkkkk

Depois sonhei que 3 dentes meus caíam. Dizem que quando sonhamos com dente caindo significa a morte de alguém próximo, eu prefiro acreditar que tô exagerando nos doces e sentindo um enorme remorso por isso.

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segunda-feira, dezembro 14, 2009

NÃO HÁ NO MUNDO PALAVRAS TÃO CONVINCENTES COMO AS LÁGRIMAS

Não sei sentir saudade. Pelo jeito não sou só eu... Recadinhos via orkut depois de 4 horas de choro ininterrupto ao ver a retrospectiva de 4 anos de paiaçada juntos (relevem os erros):




Pamella:

Oiii pro ! eu tive que colocar gelo no meu olho de tamto que eu chorei

Victor:

Oii Prof : Eva tudo bem espero que sim hoje foi Um Dia muito chorão RSRS .... Mais eu adorei falei que não ia chorar !! Em um minuto Comecei a chorar RSRS
Haiai KK...


Lucila:

buuuuuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

buuuuuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


Viviane:

prof eva,sou a mae do leandro,vc nem
sabe estou com meu coraçao apertado de ver a situaçao
dele aki,esta chorando muito...
nossa nunca vi meu filho gostar tanto de alguem...
ate eu estou chorando por ele...
mais fazer o que ne?
falei pra ele ir na escola te ver de vez enquando...
agradeço pelo se carinho ...
abraços.

Tânia:

Eva essas crianças estavam kerendo ser reprovadas viu rsrsrsrs...é amor demais eim o Prô q faz eles chorarem viu!!

E eu nunca vi meu filho tão sentido e chorando como esse ano rsrsrs..n vamos perder o contato eu agradeço por ter ensinado e cuidado dele pra mim..bjbjs e fica c Deus..


Andreia:

oi Pro Eva

trabalhei hj (sexta-feira), e n pude ir a reunião - imagine o q é trabalhar com a Cici ligando a cada 5 minutos no celular, CHORANDO, pq a Mãe (no caso eu), n foi a reunião.
Compramos uma lembrancinha para vc . Será que podemos entregar na segunda feira a tarde?

PELO AMOR DE DEUS, DIGA QUE SIM

rsrsrsr

parabéns pelo seu trabalho.

bj grande

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quarta-feira, dezembro 09, 2009

TUDO EM TI ERA UMA AUSÊNCIA QUE SE DEMORAVA: UMA DESPEDIDA PRONTA A CUMPRIR-SE.

Ontem foi aniversário de 87 anos de vida da minha vó. E hoje é o velório do vô do Japito.


Dois iguais diferentes ou dois diferentes iguais?


- uma ‘nona’ e um ‘ditian’.


- os dois vaidosos, sempre com os cabelos impecavelmente arrumados.


- uma com enormes olhos azuis que dizemos ser de coruja, pois enxergam melhor que muito jovem; o outro com olhinhos pequenos, mas que não deixavam de enxergar tudo ao seu redor com total sabedoria e crítica.


- poderiam ser amigos se um não gostasse tanto do silêncio da pescaria e a outra de falar alto e pelos cotovelos.


- enquanto uma é corinthiana roxa e alucinada; o outro ficava roxo de raiva de ver a camisa alvinegra.


- os dois poderiam observar o mundo ser destruído diante da tela da TV.


- um desistiu da vida depois que perdeu sua filha caçula e não viu mais motivos para celebrar muitas coisas e a outra lutou contra o recente derrame e comemorou a vida com um ar de saudosismo, relembrando sua infância e os seus que já partiram.


Ambos ensinaram o valor do trabalho aos seus descendentes. Afinal por que um imigrante japonês e uma imigrante italiana construiriam aqui suas famílias? Não foi pelo trabalho que tudo começou?


Agora cá estou eu, afundada em trabalho. Diretamente responsável por duas formaturas. Dividida igualmente entre celebração e despedida. Não consegui comprar o presente da nona, não conseguirei ir ao enterro do ditian. O que sei é que eles não saíram da minha cabeça esses dias.


E se vou colocar como prioridade o meu trabalho é porque seguirei o exemplo dos dois. Vou pegar na enxada como a vó na plantação de algodão até criar bolhas nas mãos e vou rezar pra tudo fique bem com as mãos bem juntinhas como aprendi com o ditian na despedida da Teredinha.


O final, nesses dias em que me faltam palavras, pra variar, fica com o Rubem Alves:

“Meus sentimentos mudaram. A morte não mais me causa medo. O que ela me dá é uma imensa tristeza. Muitos, muitos anos atrás, quando minha filha Raquel não tinha mais que três anos – eu ainda estava dormindo-, ela me acordou com uma pergunta que eu nunca ouvira, uma pergunta de tal densidade poético-metafísca que tive a impressão de estar ouvindo uma voz vinda de séculos de sabedoria e não de uma menininha que começava a viver: ‘Papai, quando você morrer você vai sentir saudades?’ Ante o meu espanto sem palavras, ela acrescentou: ‘Mas não chore não. Eu vou te abraçar...” Ela entendera que a dor da morte não é a dor do medo. É a dor da saudade.”


E o vídeo da véia vó cantando, desejando que um dia os dois se encontrem no céu e possam conversar sentados num coreto qualquer...

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