evão do caminhão

nos momentos cruciais... estacione seus neurônios e acelere seus hormônios

domingo, julho 29, 2007

QUEM GOSTA DE MOTORZINHO É DENTISTA

Tô pra escrever sobre o Pan - Rio 2007 faz tempo... e só hj, no dia do encerramento conseguirei.

Achei do caralho, muito legal essas comoções em grande escala, reunindo multidões. Vale lembrar que sempre choro ouvindo o hino nacional.

Acontece que brasileiro é foda. Se contenta com pouco, muito pouco e isso me dá raiva. Se queria passar Cuba, porque não se preparou pra isso? Outra, porque não bater os EUA? Nós sempre nos contentamos com no máximo 2º lugar. E olha que os EUA competiram com sua equipe D.

Por que não preparamos nossos atletas em sua formação escolar como EUA e Cuba? Por que não incentivamos TODOS os esportes durante os 4 anos até o próximo Pan?

Fiquei puta cada vez que ouvi o comentário: "tudo bem que perdeu a medalha, só de estar aqui já é uma vitória". Ahhh tománocu!

Minha sincera homengem às meninas do futebol, que mesmo sem estímulo da torcida, dos patrocinadores, da mídia... ensacaram as adversárias e ainda se emocionaram pencas nas entrevistas... fora os mercenários do futebol masculino. Agora eu quero ver futebol feminino nas tardes de domingo.

E também aos meninos do badminton. Tem que ter muito culhão pra assumir publicamente que joga peteca profissionalmente.

quinta-feira, julho 26, 2007

ANTIGAMENTE... QUANDO A GALINHA TINHA DENTE...

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Aluno: professora, qual o tempo do verbo "amar sem ser amado"?

Professora: tempo perdido

domingo, julho 22, 2007

NÃO SOU DETETIVE, MAS SÓ ANDO NA PISTA

Resolva este mistério e justifique sua resposta:

Num dia chuvoso, um objeto de muito valor foi roubado. O detetive pergunta aos moradores da casa:
- Cozinheiro, onde você estava na hora do crime?
- Eu estava na cozinha.
- E você, mordomo?
- Estava levando água para a madame.
- E você, jardineiro?
- Estava regando as flores.
Quem é o criminoso?

sexta-feira, julho 20, 2007

PARA MORRER BASTA ESTAR VIVO

Tô muito angustiada com a super exposição do tema do 'maior desastre aéreo da américa latina'. Fico viajando em várias idéias. Por exemplo, não dizem que ninguém morre na véspera? Pois então, será que se não tivesse acontecido o acidente todas essas pessoas morreriam naquele dia, cada uma num lugar e num horário diferente?

Minha vida mudou depois das crises de pânico dos últimos anos. Vivo em estado de alerta constante. 28 vezes por dia penso que eu ou alguém que eu gosto vai morrer principalmente quando o assunto é trânsito.

E então eu durmo tranqüila quando tranco a porta de casa e vejo que minha mãe está bem, me dando bronca apesar de trabalhar demais e pegar vários busões correndo riscos; quando o japa liga que tá tudo bem apesar de pegar tudo parado na rebouças e da alta velocidade na raposo correndo riscos; quando meu irmão liga quase meia-noite dizendo que está bem apesar de pegar estrada depois de plantões de 50 horas correndo riscos; quando o caçula entra no msn à noite e vejo que está ok apesar de dirigir moto correndo muitos riscos.

A vida é assim... cheia de riscos constantes. Eu estou sempre alerta, desconfiando do improvável... mas isso significa que estaria pronta pra receber a notícia da morte de alguém que amo de novo?

Um pouquinho de humor negro não faz mal a ninguém! Como disse no fotolog, eu acho que a culpa de todo o acidente é de quem roubou esse cone da pista e desnorteou o piloto da TAM:

quinta-feira, julho 19, 2007

CÃO BRAVO PERDIDO. A QUEM ACHAR, SINCERAS DESCULPAS!

Quando eu era minúscula, ganhei uma cadelinha da minha nona. Seu nome era Lolita e ela era toda branca e peluda. Minha mãe achou melhor não trazer pra casa. ok. Ganhei 2 irmãos e isso me entreteve por muitos anos.

Enquanto todo mundo pensava em nome para futuros filhos nas brincadeiras, eu pensava em nomes de cachorros. Também pensava em nomes de lojas. A época que mais me deu vontade de ter cachorro novamente foi numa Copa do Mundo. Cismei que queria um cachorro só pra chamar de Taffarel e treiná-lo agarrando bolas.

Na época da faculdade eu arranjei um cachorro. E era dos melhores: vira-lata. E como ficava na rua, eu não tinha que limpar seu cocô. Seu nome era Jaco, ele me adotou como dona. Era época da greve de 2000 e eu acampava em frente à reitoria da USP. Lá ficava Jaco guardando a entrada da barraca. Ele chegou a morder a bunda do meu aluno só porque o pirralho me abraçou certa manhã. E o mais legal... ele me acompanhava no vestiário. Não havia cristo que o tirasse da porta do chuveiro. As muié ficavam putas da cara comigo. Quando a greve acabou nos separamos. Voltei à rotina normal. Anos depois houve reencontro, mas ele tava cego e não me reconheceu mais.

Olha o Jaco no vestiário:
Pensei nesse post pra contar que a história se repetiu. Outro cachorro me adotou no último domingo. Minha mãe foi entrar com o carro na garagem e ele veio correndo em minha direção. Eu corri dele e me tranquei dentro de casa. O bicho passou o dia todo no portão chorando por mim. Foi foda, pq ele tinha fome e tava chovendo. Mas resisti bravamente. Tenho certeza que alguém melhor que eu o fará muito feliz. Que tom dramático esse final! kkkkkkkkkkk

Olha ele aí:


quarta-feira, julho 18, 2007

QUANDO VOCÊ DISCA UM NÚMERO ERRADO A LINHA NUNCA ESTÁ OCUPADA

Post comemorativo da passagem de 10.000 entradas. As 15 últimas coisas que as pessoas digitaram no google e caíram aqui. Desconsiderei "caminhão", "frase de caminhão" e "frase de parachoque de caminhão".

  1. quando reunidas arrasamos
  2. sei que minha beleza não está esculpida no meu rosto
  3. come cu
  4. cansaço prolongado
  5. eu tenho vergonha de tudo mesmo
  6. quem roubou minha cueca
  7. mais valem lágrimas de uma derrota
  8. chá de minhapica
  9. de onde vem a caspa
  10. filosofia do nada
  11. como trazer a sorte pra mim
  12. do seu rosal principal
  13. orkut melhor profile
  14. churrasquinho e espetinho
  15. jardineiro do meu pai

domingo, julho 15, 2007

SORRIA, VOCÊ ESTÁ NA BAHIA


Acabo de voltar de uma semana de sol intenso em Salvador direto pra garoa de Sampa.

Experiência primeira de passar 7 dias, 24 horas grudada com o japonês. Sobrevivemos bem a uma perda de vôo, ensolações, indigestões, litros de cerveja, toneladas de comidas exóticas, entupimento de banheiro, milhas e milhas de busão e outras tantas de caminhada, conchinhas, além de fotos tiradas com máquina e com os olhos.

Queria voltar a Salvador uma outra vez, mas se lá fosse diferente. Queria conhecer melhor a história passada e saber mais sobre seu povo,porém se fosse tipo Bom Jesus de Pirapora, onde poderia passar a tarde conversando com algum veterano ou morador a tarde toda comendo feijoada ou numa canjinha noturna.

Pelo contrário passamos apertos inenarráveis. Porque levamos o carimbo de turista (o carimbo eram as pulseirinhas) éramos obrigados a ser ricos e pagar por cada dedo de prosa. Um pé sujo hippie até brigou comigo, disse que me faltava axé... vai se fudê... faltava vergonha na cara dele pra deixar de ser mercenário e vender o axé soteropolitano em forma de badulaque.

Temcupaeu que o dólar caiu e todo o povo brasileiro resolveu ir pra gringa?

Coisa boa mesmo é a velha e boa mesa. De comida e/ou bebida. Um brinde a todos os garçons que esses sim, independentemente do local que visitemos fazem valer qualquer saidela de casa. Um copo especial, um aperto de mão ou um simples sorriso em agradecimento pela preferência ou ainda a reserva do caranguejo fresquinho nos enche de alegria.

Show a parte foram os ambulantes, verdadeiros artistas. Teve o japonês crente que ficou pregando a ‘subida’ dos que merecerem, a baiana que nos interceptou e disse para não a desprezarmos senão nos amaldiçoaria e em especial o VAN DAME que ficou malucão certa tarde e trocou seus queijos coalhos por umas duas músicas do Netinho com o povão das cadeiras de praia.

O pior foi chegar na praia da Barra com belíssimas piscinas naturais convidando prum mergulho, olhar pro outro lado e ver uma guarda-sol gigante te esperando com uma sombrona e o quiosque só vender Primus ou Nova Schin. Aliás, Salvador tá dominada por essa desgraça... até a água era Schin. Saizica.

Conhecemos Salvador inteira, de ponta a ponta... de Armação à Ribeira, do Farol da Barra ao Jardim de Alah (eu tb quero beijar). Ok, piada infame, mas real.

Faltou mesmo só a visita ao candomblé na 6ª feira 13.

E a viagem agora parece comida apimentada, você aproveita o agradável sabor, mas sofre depois, pagando o preço em 1,2,3 (10) vezes ...

A mesma história com outras palavras aqui:

http://chutaquiehmacumba.blogspot.com/

Obs. Este blog acaba de passar de 10.000 visitas. Pra quem não diz muita coisa esse é um número representativo!


sábado, julho 07, 2007

COMO SE FOSSE UMA GOTA D'ÁGUA DESCOBRINDO QUE É UM MAR AZUL

A frase título não tem nada a ver com o post, mas ela está na minha cabeça desde que acordei e precisava exorcizá-la.

Você ainda não sabe o que vai fazer neste sábado, dia 07/07/07? Pois a superstição e o marketing resolveram se aliar para tirar partido de uma data que, segundo muitos, atrai a sorte, pois é propícia para se casar, jogar na loteria ou louvar as maravilhas do planeta Terra.

"O número 7 tem um lado mágico e sagrado e a reputação de trazer boa sorte", explicou à AFP o numerologista Jean-Daniel Fermier. "Então, por dedução, quando há vários setes seguidos, é um sinal de bom augúrio".

"O 7 é a união do 4, símbolo da matéria, com o 3, símbolo do espírito", acrescenta Fermier.

No dia 7 de julho também será proclamado em Lisboa o resultado do concurso das nova sete maravilhas do mundo, lançado pelo cineasta suíço Bernard Weber.

As pessoas que preferirem deixar para trás a beleza do passado e sair em defesa do futuro vão aproveitar a data curtindo o Live Earth, um megashow internacional organizado em várias partes do mundo, em cidades como Rio de Janeiro, Tóquio, Xangai, Sydney, Johannesburgo, Londres ou Nova York.

Mas toda essa agitação da mídia em torno da data irrita Jean-Pierre Brach, especialista francês em simbologia dos números. "O 7/7/07 me parece desprovido de qualquer pertinência, já que é um número interpretado num contexto histórico determinado", explicou à AFP.

O pesquisador critica esta "numerologia mais ou menos divinatória, inventada no século XIX e popularizada pelos americanos em escala mundial".

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Eu só acho que é uma ótima data para viagens. Até a volta...

segunda-feira, julho 02, 2007

MAIS VALEM AS LÁGRIMAS DA DERROTA DO QUE A VERGONHA DE NÃO TER LUTADO

Já não concordo com a premissa da frase do título. Acabo sair de uma reunião de conselho de classe e deixo Rui Barbosa falar por mim:

SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!

De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.


* e tenho dito