evão do caminhão

nos momentos cruciais... estacione seus neurônios e acelere seus hormônios

quinta-feira, novembro 06, 2025

O IGNORANTE AFIRMA, O SÁBIO DUVIDA, O SENSATO REFLETE.

    Fiz as provas recentes do governo federal: CNU e PND. Acho que tenho ido bem na parte dos testes de múltipla escolha, mas ainda não tive nenhuma redação corrigida. Só tenho escrito nas redes sociais, nas cartas de amor, nos bilhetes de agenda, nos relatórios do trabalho, nos cursos que ando fazendo e muitas vezes com a ajudinha da inteligência artificial. Talvez eu tenha perdido a mão e queria muito um julgamento externo. Semana que vem receberei notícias. Boas ou más? Em breve saberemos...

    A escola envelheceu. Nós, professores envelhecemos. Fica a sensação que perdemos a utilidade. ficamos obsoletos. Por mais que nos esforcemos para estarmos atualizados, parece nunca ser o suficiente. Talvez porque lidamos no presente com memórias do passado: "No meu tempo não era assim", "Os estudantes antigamente respeitavam os mais velhos". Talvez porque o mundo esteja mudando rápido demais. Ou ainda porque a democratização da educação nos fez rever certos conceitos adquiridos. 

    A profissão que era valorizada pela sociedade, ao menos moralmente, passou a ser diariamente atacada. Ser professor cada vez mais tornou-se símbolo de resistência. E, sendo assim, seguiremos em sala de aula enfrentando os percalços diários por longos anos ainda, já que nossos governantes alteraram a legislação no que tange nossos direitos trabalhistas e previdenciários. 

    Como competir com a agilidade dos avanços tecnológicos e como lidar com a "sabedoria não qualificada" da geração Z? Parece que tudo sabem ou podem aprender "dando um google". 

    Porém, se tem algo que sabemos fazer é planejar e replanejar nosso percurso. Estamos em tempo integral aperfeiçoando nossa prática. 

    É preciso voltar ao tempo quando eram frequentes as conversas olho no olho sem pressa para acabar. Se conhecêssemos melhor a "velha guarda" da comunidade escolar em momentos de troca de experiência talvez retomássemos o encantamento em ouvir os ensinamentos dos velhos griôs. Seria como se o antigo telefone sem fio voltasse à moda. 

    Em tempos de VAR talvez não tivéssemos validado o gol de mão do Maradona. Há coisas que só o contato humano faz. 

    Preciso que alguém prafrentex leia meu texto. Alea jacta est.

sexta-feira, outubro 24, 2025

QUEM QUISER GOSTAR DE MIM EU SOU ASSIM

     Diogo nasceu à 1h12min do dia 23 de outubro de 2017. Todos pensaram que chegaria sob o signo de escorpião, mas não, ele já mostrou ter opinião própria e escolheu fazer sua estreia no mundo nos últimos minutos de libra. Isso talvez demonstre seu poder conciliador e diplomático de existir. Um pouco da sua indecisão e do gosto por tudo o que é belo também!

    Seus olhos amendoados protegidos por longos cílios parecem lentes da mais potente câmera e passeiam pelo mundo registrando pessoas, paisagens, momentos... tudo fica muito bem guardado numa HD interna com memória privilegiada. 

    Curioso e compenetrado. Sempre disposto a resolver um mistério e desvendar um porquê. Mente irrequieta que se tranquiliza na leitura e agora na escrita. 

    É muito criativo e possui incrível habilidade manual. Com seu talento transforma qualquer caixa de papelão em fortes, castelos, caminhões... São as mesmas mãos, aliás, que têm sempre um abraço apertado e carinhoso para oferecer aos amigos e familiares.

    Se pudesse, faria todas as refeições com saborosos hambúrgueres cheios de variados molhos e sorvete de massa na sobremesa. Ama a cor azul em todos os seus tons.

    Tem se dedicado às aulas de bateria e Taekwondo. Nesta modalidade já ganhou até certificado de mérito. 

    Que profissão exercerá no futuro ainda é cedo para dizer. Ele já deu algumas pistas: astronauta, encanador, bombeiro, policial, médico, engenheiro, pintor, cientista, soldado...

    Por enquanto o mundo já tem sorte por tê-lo do jeitinho que é. 


(Biografia Diogo em seus 8 anos). 


terça-feira, setembro 09, 2025

SENTIMENTO ASSIM SEMPRE É UMA SURPRESA. QUANDO ELE VEM, NADA O DETÉM. É UMA CHAMA ACESA.

    Era uma vez, numa cidadezinha barulhenta, uma não tão jovem moça chamada Belezinha. Só que, diferente do nome, ela vivia descabelada. Estava sempre cheia de livros e tinha papeis de anotações espalhados por todo canto. 

    Um dia, sua mãe se perdeu na selva de pedra porque insistiu em seguir o incompetente aplicativo de localização via satélite. Belezinha, tentando encontrar sua genitora, acabou chegando num castelo enorme do outro lado da cidade.

    O dono do castelo era a Fera Fiel, um príncipe que tinha sido transformado num monstro enorme e cabeludo. Belezinha assustada, porém corajosa, entrou na construção colossal. Por um instante quase desistiu, pois lá de dentro vinha uma barulheira infernal. Uma mistura de samba e rock atormentava seus sensíveis ouvidos. Além disso, uma fumaça imensa cheirando carne fresca flutuava pelo ar.  

    A mamãezinha tinha ido apenas dar um rolê de compras e logo conseguiu voltar pra casa em um carro por aplicativo, porém Belezinha acabou passando a noite no castelo da temível criatura. 

    Bem escondida para não ser descoberta, a jovem acompanhou os ruídos que vinham do quarto da Fera Fiel. A besta roncava como um trator velho subindo ladeira. No entanto, Belezinha não pode deixar de notar o semblante tranquilo do monstro. E parada aí, vendo-o repousar ela se apaixonou profundamente. 

    Ao amanhecer, os dois finalmente se encontraram. Fera Fiel inicialmente tentou afastar a moça, mas ela não partiu e o conquistou. 

    A Fera Fiel, apesar da cara de mau, era apenas um bicho mal-humorado com alma idosa. Com o passar do tempo, ele cortou a enorme cabeleira e até passou a fazer skincare. Dia após dia foram se conhecendo melhor e agora são grandes companheiros inseparáveis. 

    Ele a leva em sua carruagem para todos os lugares, juntos eles dançam estilos variados, assistem jogos esportivos em demasia e bebem litros e mais litros de um encantador líquido amarelado que os transporta para lugares fantásticos no reino da diversão.

    Vivem felizes até os dias de hoje, rindo de piadas ruins e enfrentando desafios juntos. Dizem as más línguas que ela até aprendeu a roncar bem alto como ele...


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Neguinho, neste ano de reconto resolvi fazer um pra tu tb. Que todos os ingredientes de um bom livro possam estar presentes na sua vida. 

Quenheque?


quinta-feira, maio 29, 2025

TUDO, TUDO PODE O AMOR GANHAR. PASSE O TEMPO, PASSE O QUE PASSAR...

Resumo dessas duas décadas em uma noite.

Dia 10/05 no mesmo local e no mesmo mês onde nos conhecemos, o DJ tocou Pequena Eva. Eu já meio alta do álcool (jura?) subi no palco pra "performar" na minha música. Você apoiou a ideia (acho!). Então, eu te olhei lá de cima e percebi que não queria estar lá sozinha, queria abraçar você na pista. E, sem pensar, me joguei. Me lancei no ar como um "pacote flácido" ou seria um "pacote bêbado"? (obrigada pelas palavras, Chico!). Você me segurou e a gente se beijou como se só houvesse nós dois no mundo. 

Então é isso. Vou continuar tirando você da sua regularidade virginiana e você segue sendo meu amparo para todos os momentos. 

E enquanto houver um pouco de saúde a gente vai dançando, bebendo, rindo, chorando, brindando, 'maledizendo' e chegando em casa as 6 da matina pro café!

Ainda quer namorar comigo?



terça-feira, novembro 19, 2024

E QUEM SE IMPORTA COM O ASPECTO DO FÍGADO QUANDO TEM TODOS OS DENTES?

 




Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre; fixo os mínimos gestos faciais de com quem falo, recolho as entoações milimétricas dos seus dizeres expressos; mas ao ouvi-lo, não o escuto, estou pensando noutra coisa, e o que menos colhi da conversa foi a noção do que nela se disse, da minha parte ou da parte de com quem falei. Assim, muitas vezes, repito a alguém o que já lhe repeti, pergunto-lhe de novo aquilo a que ele já me respondeu; mas posso descrever, em quatro palavras fotográficas, o semblante muscular com que ele disse o que me não lembra, ou a inclinação de ouvir com os olhos com que recebeu a narrativa que me não recordava ter-lhe feito. Sou dois, e ambos têm a distância - irmãos siameses que não estão pegados.

Fernando Pessoa

segunda-feira, setembro 09, 2024

TEMPO, QUERO VIVER MAIS DUZENTOS ANOS

Pode parecer clichê, mas neste ano só quero te desejar saúde.

Depois de todo o infortúnio passado em 2024 você merece tempos de paz. 

Que possa voltar a sorrir (como senti falta da sua risada irônica), a se alimentar livremente e a beber sua cervejinha sem medo. Já é tempo de retornar pras quadras e sambar. 

Chama todo mundo pra celebrar sua vida. Bora pegar a estrada e aproveitar o tempo livre que a gente vai tratar de inventar. 

Só toma cuidado pra não se estourar todo de novo gritando pelo curíntia.

Ah, não esquece de agradecer seus santinhos meninos. Eles foram importantes no enfrentamento da batalha. 

Eu? Eu sempre estarei por aqui. Nos dias ótimos e nos ruins também.

Amo um monte.

Quem é que?


"Five years older and telling yourself

That you're wiser

But the mirror shows wrinkles and lines

Five years gone and feeling lonely

And tired

So will we ever find

Find out why

Why must we stand in line

Tell me why

In the hardtimes..."


Marcadores:

segunda-feira, agosto 19, 2024

CAMINHO DAS PEDRAS

                 



              Assim como eu quis participar da festa da democracia me voluntariando para trabalhar nas eleições em 2022 fiz questão de estar envolvida no maior concurso público da história (CNU) ontem. Tudo bem que eu poderia ter me inscrito como fiscal, mas eu tb tava com saudade de fazer uma provinha (não elaborada por mim)e fui como concurseira mesmo.

              Toca acordar cedo em pleno domingão.              

              Fui na área de educação? Não! Havia poucas vagas. Me joguei de cabeça no Bloco 7 GESTÃO GOVERNAMENTAL E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Saber com certeza só 1 questão entre as 70 preenchidas. Só sabia sobre patrimônio histórico. Não desisti. Fui uma das últimas a sair da sala e hj trago comigo uma imensa dor na lombar além do raciocínio prejudicado (gastei todo o tutano). Escrevi uma dissertação sobre “saúde no sistema carcerário” na força da cara de pau e no vasto conhecimento sobre esse gênero textual NO NÍVEL ENSINO FUNDAMENTAL I.

              Das 60 pessoas esperadas na sala compareceram apenas 27 e nenhum de nós desistiu na parada para o almoço, embora houvesse motivos para isso.

              A faculdade guarulhense, os transeuntes  e o comércio do entorno não estavam preparados pro furdunço. As pessoas comentavam “O que tá acontecendo? Sempre acontece tanta coisa no mundo, né?”(afe) “Deve ser prova pra professor do estado” (quá). O grau de alienação das pessoas é algo que tem me assustado. Não havia estrutura nas biroscas para alimentar de maneira digna todas as pessoas que esperavam a segunda parte da prova na região e lá pelas 16:00 começou o maior samba do planeta na casa de shows na calçada em frente. E o “Ô, Irene vai buscar o querosene” ecoava em TODAS as salas. Ficou fácil pra se concentrar.

           Falando em concentração... Como faz pra não mirar um enorme cofrão te olhando a prova inteira. Sacanagem. Agora, se vc quiser conhecer nomes originais vá a um concurso. A mina do meu lado chamava-se Slide. Minha imaginação fértil criou uma bela história para os genitores dela enquanto eu respondia sobre logística reversa.

                Poderia falar do povo sem noção que não levou caneta preta como amplamente divulgado ou citar os atrasadinhos que atrapalharam as instruções da fiscal, mas eles já me fizeram passar raiva ontem, então deixa pra lá. Ah, também tinha bastante gente tossindo, mas eu era a única que usava máscara.

  

                Para legitimar a aplicação das provas deveríamos transcrever uma frase que constava no caderno de questões no gabarito. As minhas eram “A UM POETA” na prova de redação e “CAMINHO DAS PEDRAS” na que tive que calcular o valor do estimador T. Fez sentido.